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Janeiro Branco: bem-estar e equilíbrio para um ano produtivo

Saúde mental no trabalho tem se tornado parte das estratégias de negócios em organizações de todos os portes e segmentos. Essa iniciativa é especialmente evidente em empresas que compreendem que o lucro, o faturamento e a competitividade de um negócio não dependem apenas de tecnologia e produtos e serviços de qualidade e com preços competitivos. O bem-estar emocional do colaborador também é um fator essencial para o sucesso do negócio. A jornada é desafiadora, sem dúvidas. De acordo com o estudo Vigitel Brasil, produzido pelo Ministério da Saúde, todas as capitais brasileiras têm adultos diagnosticados com depressão. Nesse grupo, 5 localidades se destacam: Porto Alegre (diagnóstico em 21,8% da população com 18 anos ou mais), Belo Horizonte (17,4%), Rio Branco (17,1%), Vitória (14,4%) e Campo Grande (14,3%).  Em razão do Janeiro Branco – mês da campanha global em prol da conscientização da importância da saúde mental -, nosso objetivo é reforçar a relevância do autocuidado para a prevenção de burnout, depressão e ansiedade, entre outros sofrimentos emocionais, no contexto corporativo. Outras datas reforçam a importância da pauta, como o Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro) e o Setembro Amarelo, que  destacam  a importância do cuidado com a saúde mental e a prevenção do suicídio.   São marcos importantes que ampliam as reflexões e práticas sobre saúde mental no trabalho e fora dele, mas o tema não deve ser tratado de maneira sazonal. É uma pauta para o ano todo em empresas que reconhecem a saúde mental no trabalho como pilar primordial para a sustentabilidade do negócio. Por que a saúde mental no trabalho importa? Questões emocionais podem se manifestar em sintomas físicos, como dores musculares,  cefaleia, fadiga, alterações no apetite e no sono, aumento da pressão arterial, irritabilidade e dificuldade de concentração. Isso acontece porque a mente e o corpo estão conectados, e o equilíbrio de um reflete no outro.  Quando um colaborador é afetado por uma questão emocional mais importante, tende a enfrentar dificuldades para realizar suas atividades do dia a dia com qualidade, foco, motivação, produtividade e eficiência. Essa realidade exige que as organizações reforcem suas iniciativas voltadas ao bem-estar emocional da equipe, tanto em termos preventivos quanto assistenciais. Vale destacar que esse cuidado não é responsabilidade exclusiva do empregador. Trata-se de uma responsabilidade compartilhada, em que cada  indivíduo desempenha um papel fundamental na promoção  do próprio bem-estar físico e emocional.  5 barreiras que impedem  o cuidado com o bem-estar emocional  Embora o autocuidado seja uma prioridade em termos de  bem-estar emocional para algumas pessoas, para outras, pode parecer algo inviável, por diferentes razões. Essas barreiras podem surgir de maneira isolada ou combinadas, sendo as mais comuns:   Como as empresas podem apoiar a saúde mental da equipe? Diante de desafios emocionais ou pessoais, é comum os colaboradores procurarem colegas de trabalho para desabafar antes mesmo de buscar ajuda especializada, como psicólogos e psiquiatras. Além disso, o ambiente de trabalho é estratégico para ações de saúde mental, pois concentra grande parte do tempo e da rotina das pessoas.  Nesse contexto, é essencial que as empresas proporcionem um espaço em que bem-estar emocional e saúde mental no trabalho sejam entendidos como temas prioritários.   Algumas ações que podem ser implementadas:  Mapeamento do cenário É importante atuar de maneira proativa na detecção dos sintomas de depressão, ansiedade, síndrome de burnout ou consumo abusivo de álcool entre os colaboradores. Esse mapeamento deve ser realizado a partir do desejo genuíno de cuidar do outro, de acolhê-lo, respeitando a privacidade e sigilo.A parceria com instituições idôneas pode garantir a integridade desse processo.  Letramento da equipe O letramento em saúde mental para conscientizar a equipe é uma medida essencial para quebrar diferentes tabus a respeito do tema. Abordar o tema  de maneira leve e clara  também pode incentivar o autocuidado, além de estimular a empatia entre os colegas.  Treinamento de lideranças Líderes conscientes e orientados sobre a importância do cuidado com a saúde mental tendem a  identificar e lidar melhor com as próprias emoções, incentivam os liderados a se cuidarem e apoiam melhor aqueles com sinais de sofrimento emocional. Essa gestão permeada pelo olhar de cuidado reflete diretamente no clima organizacional. Desenvolvimento de ações positivas Para que o tema se torne amplo e faça parte do cotidiano, é preciso  estabelecer   confiança e  desmistificar as questões de saúde mental no trabalho. Nesse sentido, é interessante adotar ações coletivas, como a promoção de rodas de conversas com especialistas, proporcionando um canal aberto para sanar dúvidas e contribuir com sugestões. Também ajuda integrar profissionais de saúde ocupacional ao ambiente corporativo para atuarem de forma transversal nas equipes. Garantia do acesso da equipe a esses projetos A saúde mental deve ser uma prioridade no ambiente de trabalho e uma preocupação extensível a profissionais de todos os níveis hierárquicos dentro da organização. Dessa forma, é primordial que todos sejam devidamente comunicados sobre as ações e incentivados a participar de cada iniciativa e a praticar o autocuidado. Janeiro Branco como ponto de partida   Iniciativas bem planejadas e executadas, no curto, médio e longo prazo, trazem  benefícios significativos para o ambiente corporativo e toda a equipe com: O Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, instituído pelo Ministério da Saúde, representa um marco importante para o bem-estar no trabalho. No entanto, mais do que atender as normas ou buscar reconhecimentos, as empresas devem cuidar de seus colaboradores como parte essencial de sua cultura e propósito.   A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato.

Por que ser uma empresa promotora de saúde mental é estratégico?

Ser uma empresa promotora de saúde mental não é apenas uma questão de boa prática. É um compromisso explícito da organização com a saúde dos colaboradores e com a sustentabilidade do negócio. Questões relacionadas ao bem-estar psicológico são um desafio global e, por isso, foram incluídas na pauta do G20, fórum internacional que reúne as principais economias do mundo.   Em 2022, a OMS – Organização Mundial da Saúde – destacou o ambiente de trabalho como um lugar privilegiado para a promoção da saúde mental. Em 2024, foi aprovada no Brasil a Lei 14.831, que estabelece o Certificado Empresa Promotora de Saúde Mental, um marco significativo em prol da qualidade de vida dos profissionais brasileiros. Mas, afinal, porque a saúde emocional dos profissionais é tão relevante para o bom funcionamento de uma organização? É sobre isso que vamos falar nesse artigo. A saúde mental no trabalho refere-se ao bem-estar psicológico e emocional dos trabalhadores no ambiente laboral. Ela abrange aspectos como o nível de estresse, satisfação no trabalho, relações interpessoais, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e a capacidade do indivíduo de lidar com os desafios e exigências do dia a dia. A saúde mental no local de trabalho é importante não apenas para o bem-estar dos funcionários, mas também para a produtividade e o clima organizacional. Nessa jornada, com o apoio de especialistas, é importante oferecer à equipe: De que forma o colaborador ganha A mente humana é influenciada por uma combinação de fatores internos e externos.  O ambiente em que vivemos, as relações que estabelecemos e as experiências moldam nossos pensamentos, sentimentos e emoções. É fundamental que cada um de nós cultive o autocuidado. Porém, no ambiente corporativo, ao compartilhar essa responsabilidade com o colaborador, a companhia beneficia todo o time com: Como a empresa promotora de saúde mental se beneficia Como dissemos, no ambiente corporativo, a saúde mental do time é uma responsabilidade a ser compartilhada. Mas não é apenas isso. Nossa experiência mostra que, ao se engajar nessa causa, a empresa tem muito a ganhar com: Promover a saúde mental dentro das empresas, portanto, não é apenas uma responsabilidade ética, mas também uma estratégia inteligente para garantir a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo dos negócios. Ainda que a tecnologia tenha ingressado no mercado de trabalho para facilitar e agilizar processos,  o fator humano permanece essencial para impulsionar a inovação e a tomada de decisões estratégicas nas empresas.  A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato.

Aumento no uso de antidepressivos em 2024

O uso de antidepressivos por profissionais brasileiros cresceu 12% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com levantamento da Vidalink. O mapeamento mostra que o grupo que mais tem feito uso desse tipo de medicamento é composto por pessoas com idades entre 39 e 48 anos. A prescrição desse tipo de medicamento requer uma avaliação completa do paciente,  considerando os sintomas e duração, bem como o grau de prejuízo, possíveis comorbidades,  o perfil   emocional e as expectativas em relação   ao tratamento.  Tal diagnóstico deve ser realizado por um profissional da saúde mental, um médico psiquiatra. Vale lembrar que o medicamento não é o único ponto para o tratamento; é preciso também uma rede apoio (familiares, amigos, colegas de trabalho).  Impacto do uso de medicamentos para saúde mental no ambiente de trabalho Os medicamentos são uma parte importante do tratamento para pessoas em sofrimento mental e emocional. Contudo, seu uso deve sempre ser feito com prescrição e acompanhamento de profissionais de saúde mental, que possuem a expertise necessária para orientar sobre a dosagem, o período de uso e o desmame gradual. Esse acompanhamento especializado é essencial para mitigar possíveis efeitos colaterais e oferecer suporte ao indivíduo durante o processo de adaptação à medicação. Além disso, no ambiente de trabalho, o acolhimento por parte da liderança e dos colegas é fundamental. Estar disponível para ajudar, com empatia e descrição, pode fazer toda a diferença nessa fase. Os medicamentos não são uma solução imediata para questões de saúde mental. Eles podem levar semanas, ou até meses, para produzir resultados perceptíveis. Por isso, é importante ser paciente e manter o uso de acordo com a recomendação médica, mesmo que os efeitos não sejam instantâneos. O uso de medicamentos é uma ferramenta poderosa para promover a recuperação e o bem-estar emocional. Tratá-los com preconceito ou julgamento pode dificultar que pessoas em sofrimento busquem o apoio necessário. Ao reduzir os estigmas relacionados à medicação, contribuímos para que mais indivíduos tenham acesso ao tratamento adequado, melhorando significativamente a qualidade de vida. Como o ambiente de trabalho pode influenciar a saúde mental dos funcionários Cada indivíduo deve ser responsável pelo próprio bem-estar físico, mental e emocional, mas, no ambiente de trabalho, essa responsabilidade deve ser compartilhada com a empresa. Afinal, o colaborador passa a maior parte do dia na companhia e o ambiente pode influenciar para o bem ou para o mal. Ações que influenciam para o bem da saúde mental: Esses elementos, quando implementados de maneira eficaz, podem criar um ambiente de trabalho que não apenas apoia a saúde mental dos funcionários, mas também melhora a produtividade e a satisfação geral no trabalho. Ações que podem influenciar para o bem da saúde mental: Estratégias para promover a saúde mental no trabalho Em matéria do portal Mundo RH, Nikolas Heine, médico psiquiatra e Coordenador de Psiquiatria da Caliandra Saúde Mental, destaca mitos muito comuns em relação ao uso de antidepressivos: a crença de que tais medicações são fracas e inúteis; ou que são muito fortes, com potencial para causar dependência ou enlouquecimento. O especialista em saúde mental explica que, na verdade, tratam-se de medicamentos amplamente testados e extremamente seguros. Quando se trata de profissionais em sofrimento emocional, medicar  não é o suficiente. É preciso um trabalho conjunto entre empresa, colaborador e uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras e psicólogos. Nesse contexto é fundamental  desenvolver campanhas de conscientização sobre saúde mental que levem em conta as particularidades do ambiente de trabalho: : O bem-estar no trabalho tem se consolidado como uma excelente estratégia e  ferramenta de atração e retenção dos melhores profissionais. Quando a saúde mental e emocional dos colaboradores é priorizada, a equipe tende a alcançar maior produtividade e qualidade nas entregas, impulsionando o negócio com resultados consistentes.    A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato agora.

Saúde mental e financeira: relação, desafios e soluções

Mais da metade (55%) dos 1.766 consumidores brasileiros entrevistados para um estudo da Serasa Experian em agosto de 2024, revelaram já ter sofrido com problemas que impactaram a  saúde mental e também as finanças. De acordo com a pesquisa,   diante de uma crise financeira, as pessoas se sentem mal por pedir dinheiro emprestado a familiares e/ou amigos (resposta de 72% dos entrevistados), evitam ter conversas sobre dinheiro (69%) e isolam-se, ficando sem contato com amigos (61%). Dados como esses evidenciam que,  tratando-se de saúde mental do colaborador, é necessário que as organizações  ampliem suas reflexões para além do burnout, considerando outros fatores e desafios que afetam o bem-estar no ambiente de trabalho. E é sobre isso que falaremos neste artigo. Conexão entre saúde mental e financeira Ao longo da vida, muitos acontecimentos podem fazer com que uma pessoa fique emocionalmente fragilizada, afetando negativamente sua saúde mental. Entre esses fatores estão as crises financeiras, seja por desemprego, despesas inesperadas, mudanças na economia do país, falta de planejamento, investimentos mal sucedidos, golpes ou endividamentos.  Importante destacar que essa conexão é uma via de mão dupla, pois se trata tanto de uma questão ou dificuldade financeira que pode levar a um sofrimento emocional, como o contrário. Por exemplo, alguém que tem algum transtorno mental ou sofrimento importante que não é adequadamente cuidado e apresenta queda de produtividade, pode ter repercussões financeiras também – perda de emprego, queda na renda (se for autônomo, isso é uma relação ainda mais qdireta). Ou seja, pode acabar se tornando uma bola de neve – um impactando negativamente o outro. Por isso, diante de uma crise financeira, pode acontecer da pessoa   sofrer com estresse, preocupação, vergonha e ansiedade, além de perda de sono, de concentração e/ou de produtividade no trabalho, com impactos na saúde mental.   Papel das empresas na saúde financeira do colaborador Com relação ao ambiente corporativo, a pesquisa da Serasa Experian mapeou que uma pessoa endividada tende a trabalhar pensando nas contas a pagar,  com a maior parte do tempo preocupada, acreditando que pode resolver tudo sozinha. Tratam-se de situações que, inevitavelmente, impactam negativamente no desempenho, no engajamento e na produtividade no trabalho.  Diante deste cenário, muitas organizações se posicionaram como apoiadoras da saúde financeira dos seus colaboradores, oferecendo salários e benefícios compatíveis à média do que é praticado no mercado, além de oferecer workshops sobre gestão de orçamento pessoal e investimentos. Algumas dispõem de cooperativa de crédito para que os profissionais tenham acesso a empréstimos em casos de urgência e emergência. Há, ainda, companhias que, por meio de parceiros especializados em saúde mental, mantêm um criterioso e estruturado rastreio da saúde mental e emocional dos colaboradores a fim de identificar quando algo não vai bem, para que o cuidado seja ofertado precocemente. Paralelamente, promovem ações em prol do bem-estar e da saúde emocional de líderes e liderados. Estabilidade financeira e saúde mental são preocupações comuns de todos nós. Mas as organizações também reconhecem seu papel e compartilham a responsabilidade em prol dos colaboradores e do negócio.  Nós podemos apoiar a sua organização na jornada de bem-estar da equipe. Entre em contato.

RH e Saúde Mental: uma integração vital

O dia a dia da área de Recursos Humanos está cada vez mais desafiador, diante das rápidas e constantes transformações no mundo. A necessidade de adaptação às novas demandas, como o trabalho remoto, a diversidade de gerações, o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores, somada à responsabilidade de alinhar os objetivos organizacionais às expectativas e necessidades de profissionais cada vez mais exigentes com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, faz com que a busca por estratégias inovadoras para atrair, engajar e reter talentos coloque pressão adicional sobre os profissionais de RH. Um estudo global, realizado pelo instituto Gallup, constatou que 77% dos profissionais entrevistados apresentaram algum nível de desengajamento em relação ao trabalho; destes, 62% comparecem ao local de trabalho, entregam o mínimo necessário sem inspiração, e os demais 15% estão desengajados e buscam novas oportunidades ativamente. . A pesquisa indica que esse comportamento representa US$ 8,9 trilhões em perda de produtividade em todo o mundo. Desengajamento nem sempre é falta de comprometimento Nossa experiência no atendimento a colaboradores de empresas parceiras revela que o desengajamento, em muitos casos, não está   necessariamente relacionado à  falta de comprometimento.O profissional  pode estar enfrentando esgotamento mental ou emocional que não foi devidamente identificado ou  gerenciado. Isso pode ocorrer por falta de autopercepção, medo de julgamento ou questões organizacionais que afetam  sua relação  com o trabalho. Em situações como essa, muitos sofrem  em silêncio, o que pode agravar o problema e impactar negativamente seu desempenho, o relacionamento com a equipe e a qualidade das entregas. Alguns são demitidos antes mesmo de um adoecimento mental ser identificado.  De quem é a responsabilidade da saúde mental do colaborador? Cada indivíduo deve ser responsável pelo cuidado com a própria saúde mental. No ambiente de trabalho, cabe à empresa oferecer um clima organizacional de apoio, respeito e acolhimento para que os profissionais possam desempenhar suas funções com tranquilidade, minimizando os sintomas que podem contribuir para o estresse, burnout e ansiedade, entre tantos outros desafios..   Essa responsabilidade compartilhada  promove o bem-estar no trabalho, refletindo ao final  de cada dia, redução do absenteísmo, melhor clima organizacional, aumento da produtividade, engajamento, inovação e criatividade. 4 boas práticas da empresa em prol da saúde mental da equipe A conscientização sobre o real significado de saúde mental e bem-estar no trabalho é o primeiro passo para que os integrantes de uma companhia possam estar  atentos aos próprios comportamentos e de quem estiver ao redor.   Quatro boas práticas se mostram bastante úteis: 1. Compreender o bem-estar no trabalho como parte das estratégias do negócio A saúde mental  deve ser  pauta recorrente nas reuniões estratégicas da alta liderança e dos gestores, nas ações da área de Recursos Humanos, na pesquisa de clima organizacional e nos exames médicos periódicos. 2. Considerar o apoio de um parceiro especializado em saúde mental Contar com o apoio de um parceiro especializado em saúde mental faz toda a diferença na superação dos desafios relacionados ao bem-estar no trabalho. Além de oferecer consultoria sobre boas práticas para a área de Recursos Humanos, esse parceiro também atua como rede de apoio essencial para líderes e colaboradores que enfrentam sofrimento emocional. Ainda, em situações que podem evoluir para uma crise de saúde mental, os especialistas conseguem gerenciar as ações de maneira mais ágil e coordenada. 3.  Letramento da liderança Não são raros os casos em que colaboradores em sofrimento emocional buscam seus gestores diretos antes de procurar o apoio de um especialista. É fundamental que os líderes sejam letrados para desenvolver habilidades de comunicação empática, a fim de proporcionar um ambiente de confiança e acolhimento. Ao identificar os sinais: como mudanças de comportamento, diminuição da produtividade ou isolamento social, o papel do líder é o de oferecer apoio emocional, orientar e encaminhar o colaborador para um profissional especializado, garantindo que ele receba o tratamento adequado. 4. Investir   na saúde mental de quem cuida Algumas organizações preocupadas com a saúde mental de seus colaboradores investem massivamente em ações externas para os profissionais das camadas iniciais da pirâmide organizacional. No entanto, é fundamental lembrar da importância de cuidar também de quem cuida, ou seja, dos gestores e dos integrantes da equipe de RH. Assim como na analogia da máscara no avião, onde é necessário colocá-la em si mesmo antes de ajudar os outros, os líderes e a equipe de RH precisam zelar por sua própria saúde mental para, então, oferecer um apoio eficaz aos colaboradores. A saúde mental no trabalho é uma responsabilidade, um dever e um direito de todos. É uma ação desafiadora que demanda bom senso, empatia, informação, detecção precoce, prontidão no atendimento e habilidade para gerir possíveis crises relacionadas ao problema.  A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato agora.

Tragédia aérea: apoio psicológico em momentos de crise

No início de agosto de 2024, o Brasil foi impactado com a notícia da queda de um avião em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo, levando a óbito 62 pessoas. A fatalidade com a aeronave, que partiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, é considerada a pior tragédia aérea no País nos últimos 17 anos. Em situações como essa, as vítimas não se restringem apenas àquelas que perderam a vida. Familiares, amigos, colegas de trabalho dos passageiros e tripulação, bem como a população da área afetada, são profundamente impactados e podem enfrentar questões emocionais que exigem atenção e suporte de profissionais especializados. Uma tragédia aérea tem consequências emocionais que podem sensibilizar não apenas as pessoas envolvidas, mas também seus espectadores. A rápida disseminação de informações, fotos e vídeos por meio de sites, redes sociais ou aplicativos de mensagens, amplifica as especulações e incertezas. Essas informações, quando constantes, podem intensificar sintomas de ansiedade, agravar fobias e despertar um sentimento de medo ou insegurança. Esses fatores combinados podem levar ao comprometimento do bem-estar físico e emocional individual ou coletivo.  Os profissionais de companhias aéreas, como pilotos, comissários de bordo e equipes de suporte, também podem sofrer esgotamento emocional, apresentar sinais de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ou um conjunto de sintomas que    podem comprometer aspectos da vida pessoal e profissional.   Por isso, é fundamental que um suporte adequado seja oferecido,   orientações sobre autocuidado, incentivo a pausas regulares e acesso a  apoio psicológico,  quando necessário. Monitorar os níveis de estresse desse grupo, com é uma estratégia eficiente para que se estabeleça um ambiente de trabalho psicologicamente seguro.    Como mencionado, a queda do avião em Vinhedo não causou impactos emocionais apenas nos moradores da região, mas também trouxe perda e luto para os  habitantes de Cascavel e em todo o Brasil, considerando a cidade natal dos ocupantes da aeronave,   seus amigos e familiares. Mesmo aqueles que acompanham as notícias à distância sentem o sofrimento, seja pela empatia ou pela sensação de impotência diante de tanta dor . Essa situação exige uma abordagem sensível, personalizada e diferenciada, considerando o contexto de cada pessoa direta ou indiretamente afetada. Os enlutados precisam de um espaço de apoio para compartilhar suas emoções livremente, sem julgamentos e com orientações psicológicas adequadas. Aos que acompanham os desdobramentos dos fatos, a recomendação é praticar a autorregulação do consumo de informações, especialmente nas redes sociais, onde há excessos e rápida disseminação de conteúdos.  SOS Saúde Mental:  acolher os envolvidos de maneira imediata é essencial para que se inicie um processo de compreensão e recuperação. Esse apoio pode ser oferecido por Governos, entidades, empresas e comunidades, e deve envolver uma comunicação eficiente para evitar incertezas que podem agravar o sentimento de desamparo. É essencial que as pessoas tenham acesso a informações claras e precisas sobre o acidente, os esforços para esclarecer as causas e o andamento das investigações. Disponibilizar um canal para o esclarecimento de dúvidas e o envio de informações também é recomendado,evitando rumores, suposições e desinformação. A comunicação aos parentes das vítimas deve ser respeitosa, pessoal e privativa.  Em momentos de crise, a saúde emocional fica fragilizada, e estratégias como sessões de terapia individual ou em grupo podem ser úteis para o compartilhamento e a validação de emoções. Exercícios de respiração e mindfulness, em um ambiente de acolhimento, tendem a  reduzir a ansiedade e o estresse. Os enlutados podem  ser orientados sobre a importância de manter uma rotina diária, mesmo que adaptada às circunstâncias, além da prática do autocuidado, com uma alimentação adequada e sono suficiente. Essas medidas  proporcionam um senso de normalidade e controle, ajudando-os  a gerenciar suas emoções e responsabilidades. Além disso, é imprescindível que a empresa envolvida no acidente aéreo ofereça aos familiares das vítimas apoio financeiro, logístico e jurídico para a resolução de questões relacionadas ao traslado e/ou sepultamento dos corpos, entre outras questões burocráticas. Também é importante a cooperação  com as investigações, apresentando  documentos, informações e depoimentos que contribuam  para esclarecer  as causas do acidente  de maneira coordenada, rápida e eficaz.Recuperar-se emocionalmente após uma crise é um processo gradual que requer suporte contínuo. Com apoio psicológico e social, as pessoas envolvidas terão um ambiente mais propício para processar o trauma, compartilhar experiências, obter suporte e desenvolver estratégias de enfrentamento, preparando-se para lidar melhor com futuros desafios.

Trabalho e saúde mental: qual é o segredo?

Uma pesquisa realizada pelo Gallup mostrou que 41% dos profissionais entrevistados relataram sentir “muito estresse” no ambiente de trabalho. Esse nível varia de acordo com a qualidade da gestão: empresas com práticas de gestão ineficientes têm 60% mais chances de sofrerem estresse em comparação àqueles em ambientes com boa gestão. Outro ponto destacado foi que o estresse é 30% mais comum entre os que trabalham sob má gestão do que entre os desempregados. Outro mapeamento do Instituto estima que o baixo engajamento dos colaboradores com as atividades profissionais custam à economia mundial 8,9 bilhões de dólares, ou seja, 9% do PIB global. Os dados refletem que os transtornos mentais relacionados ao trabalho são  um tema cada vez mais presente no mundo corporativo. Consequentemente, cresce o empenho das organizações e da alta liderança em compreender e implementar práticas que promovam um ambiente mentalmente saudável para a equipe. O caminho para desmistificar essa pauta não é curto nem fácil, pois exige ações coordenadas entre diferentes áreas e integração entre políticas e culturas organizacionais saudáveis, mas certamente traz recompensas no sentido de produtividade e sustentabilidade dos negócios. Principais transtornos mentais relacionados ao trabalho Até recentemente, era incomum associar “trabalho” e “saúde mental”, apesar disso, o cenário tem mudado rapidamente. Compreende-se que empresas competitivas, produtivas e inovadoras são aquelas que também priorizam o bem-estar psicológico de seus colaboradores.  Nessas organizações, a saúde mental recebe atenção especial, com foco na promoção e prevenção do sofrimento emocional, independente da origem,, como: Depressão A depressão é uma doença psiquiátrica crônica, cujos principais sintomas são tristeza profunda e persistente, e perda de interesse em atividades que a pessoa, geralmente, gostava. Outros sinais comuns são a falta de ânimo e do prazer, mudanças no apetite e no sono, sentimento de culpa ou desesperança e baixa autoestima. Em alguns casos, há pensamentos de autoagressão ou suicídio. Mas é importante destacar que nem todas as pessoas com depressão apresentam os mesmos sintomas, que podem variar em gravidade, frequência e duração. Síndrome de burnout O burnout é   um conjunto de sinais e sintomas relacionados ao estresse crônico no contexto profissional, conforme define a Organização Mundial da Saúde (OMS). O diagnóstico  leva em consideração três dimensões de sintomas: sentimento de exaustão ou diminuição da energia; sentimento de negativismo ou cinismo relacionado ao trabalho; e diminuição na eficácia profissional. Ansiedade A ansiedade é uma preocupação persistente e duradoura, que pode se manifestar sem motivo e, às vezes, há dificuldade para verbalizá-la. Quando passa a ser patológica, geralmente, desencadeia sintomas físicos, como tensão muscular e aumento da frequência cardíaca e da transpiração. Nesses momentos, a pessoa pode ter queda no desempenho das atividades do dia a dia e na capacidade de se concentrar em algo ou alguém. Em vez de nos estimular a resolver o que nos aflige (como uma ansiedade comum), ela nos paralisa. 5 iniciativas em prol da harmonia entre trabalho e saúde mental As pessoas tendem a ser mais felizes, produtivas e mentalmente saudáveis em um ambiente de trabalho que promove  segurança psicológica, apoio e acolhimento. Para a conquista desse clima organizacional, com mais chances de mitigar os casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho, 5 boas práticas se destacam:  É importante atuar de maneira proativa na detecção dos sintomas de depressão, ansiedade, síndrome de burnout ou consumo abusivo de álcool ou substâncias entre os colaboradores. Esse mapeamento deve ser realizado a partir do desejo genuíno de cuidar do outro, de acolhê-lo e não de “perseguição” ou invasão de privacidade. Por isso, é imprescindível que o sigilo seja preservado e, de preferência, realizado por uma instituição idônea.  O letramento em saúde mental que conscientiza a equipe é uma medida essencial para quebrar diferentes tabus a respeito do tema. É uma maneira de  abordar o tema com empatia e incentivo ao autocuidado e à atenção a algum colega que esteja enfrentando sofrimento mental.  Líderes conscientes sobre a importância do cuidado à saúde  mental tendem a  identificar melhor as próprias emoções, incentivar que os liderados se cuidem e a apoiar melhor quem estiver com sinais de sofrimento emocional. Essa gestão humanizada reflete diretamente no clima organizacional. Para que o tema se torne amplo e faça parte do cotidiano, é preciso  estabelecer   confiança e  desmistificar as questões de saúde mental na empresa. Nesse sentido, é interessante adotar ações coletivas, como a promoção de rodas de conversas com especialistas, proporcionando um canal aberto para sanar dúvidas e contribuir com sugestões. A saúde mental deve ser uma prioridade no ambiente de trabalho e uma preocupação extensível a profissionais de todos os níveis hierárquicos. Dessa forma, é primordial que os profissionais sejam devidamente comunicados sobre as ações e incentivados a participar de cada iniciativa.   Os cuidados com a saúde mental devem ser contínuos e consistentes, não se limitando ao espaço laboral e a momentos pontuais, como Janeiro Branco e Setembro Amarelo, por exemplo. Isso porque transtornos mentais relacionados ao trabalho podem se manifestar em qualquer época do ano. A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato.

Por que o quociente emocional é importante no trabalho

Nove em cada dez pessoas desligadas das empresas foram contratadas pelo perfil técnico (quociente de inteligência) e demitidas pelo comportamento (quociente emocional), de acordo com pesquisa da empresa de recrutamento e seleção Page Personnel. É comum que as empresas tenham que lidar com situações relacionadas à saúde mental e comportamental dos colaboradores. Vale destacar que, antes de decidir pela demissão de alguém por desalinhamento das expectativas organizacionais, é prudente avaliar se o colaborador está enfrentando questões de sofrimento emocional que impactam em seu comportamento no trabalho. Isso porque muitas vezes o sofrimento mental passa despercebido, e um  colaborador pode ser desligado em decorrência desse impacto, como a queda de produtividade, dificuldade em tomar decisões, estresse, esgotamento, irritabilidade, entre outros. Quer saber mais sobre esse tema? Então, continue lendo esse artigo. Quociente emocional e sua influência em  relacionamentos e decisões O quociente emocional (QE) representa a capacidade que um indivíduo tem de identificar, compreender e gerir emoções pessoais e sociais. A habilidade para promover essa regulação de sentimentos influencia a qualidade das nossas decisões e a maneira como lidamos com pessoas e situações desafiadoras. No ambiente corporativo, é indispensável construir  uma cultura organizacional que incentive cada membro da equipe a reconhecer o próprio estado emocional e oferecer acolhimento a quem esteja enfrentando situações de  sofrimento emocional. Essa iniciativa de letramento em saúde mental é um estímulo ao autocuidado e ao fomento do bem-estar das pessoas ao redor. Dados de pesquisa sobre a saúde mental dos brasileiros  No mundo corporativo, falar sobre saúde mental e quociente emocional é uma iniciativa recente e cercada de muitos tabus. Temos percebido que as organizações estão investindo em ações e reflexões que valorizam as habilidades emocionais e comportamentais dos colaboradores, em prol de um ambiente de trabalho mentalmente mais saudável. Quebrar o estigma sobre esse tema é essencial para lidar com os números alarmantes de sofrimento mental  que afetam a vida e a carreira de tantas pessoas em nosso país. Veja alguns  desses dados: 6 boas práticas para identificar e prevenir questões de saúde mental no ambiente corporativo O trabalho é um ambiente em que as pessoas passam a maior parte do tempo. Dessa forma, torna-se um espaço muito propício para a identificação e prevenção de questões de saúde mental. Nesse sentido, as organizações podem, por exemplo: A saúde mental é uma questão coletiva, que diz respeito a todos dentro da organização. Ao ofertar programas de saúde mental aos colaboradores, é fundamental que as empresas incluam recursos focados para os profissionais de todos os níveis hierárquicos.     Cultivar e manter uma cultura organizacional emocional e mentalmente saudável é um desafio. Este é um convite para refletirmos sobre a maneira como as questões de saúde mental são gerenciadas nas empresas e ressaltarmos que estamos à disposição para apoiar a sua instituição e todos os colaboradores nessa jornada. Entre em contato.

O que a Olimpíada de Paris já está nos ensinando sobre saúde mental

Há 4 anos, na Olimpíada de Tóquio, vimos uma das maiores atletas da ginástica artística da atualidade, a americana Simone Biles, tomar a difícil decisão de não continuar na disputa porque queria um tempo só para ela, para cuidar de sua saúde mental. De lá para cá muita coisa parece ter mudado. Temos testemunhado um grande número de profissionais do esporte – inclusive técnicos – vindo a público para falar de suas questões de saúde mental, que vão de depressões e ansiedades mais ou menos graves a síndromes do pânico. Agora, às vésperas do início de mais uma Olimpíada, a de Paris, no próximo dia 26, o Comitê Olímpico anunciou algumas semanas atrás que a vila olímpica vai incluir instalações para as famílias dos atletas. Em Tóquio, familiares, amigos e até patrocinadores estavam proibidos de entrar na vila. Sozinhos com seus demônios mentais, eles não podiam contar com as redes de apoio mais importantes que há no caso de algo não ir bem: a família e os amigos. Ao contrário do que o próprio Comitê pregava, comprovou-se que, por exemplo, separar atletas mães de seus filhos (e eles delas) durante o período de competição não é a melhor solução para a saúde mental, assim como separar esses profissionais de seus pais, mães e parceiros/parceiras. A questão da saúde mental entre atletas não é nenhuma novidade, mas, assim como boa parte de nós faz – inclusive no ambiente corporativo -, o problema sempre foi jogado (me desculpem o trocadilho) para debaixo do tapete. Existia – e ainda existe (porque a questão não foi sanada com essas novas decisões) – estigma em relação ao tema saúde mental. Por que profissionais do esporte, que sofrem tremenda pressão por resultados de seus patrocinadores e deles mesmos, não se sentiriam iguais a um profissional qualquer que se dedicou a vida toda e hoje é pressionado pela empresa na qual trabalha a entregar metas muitas vezes difíceis de serem alcançadas? Por que eles não teriam burnout, ansiedades diversas e depressão, abusariam do álcool como os demais trabalhadores? Observando desde outra perspectiva, assim como os esportistas só chegam a uma Olimpíada se conseguirem o índice para a sua prova, altas lideranças só alcançam a posição porque, digamos assim, também conseguiram demonstrar terem alcançado um índice profissional, de competência e de resultados. Por que elas, ao assumirem o novo cargo, não carregariam o fardo da expectativa da obrigação de serem bem-sucedidas, algo que já se mostrou ser extremamente debilitante tanto quanto é para os atletas olímpicos? Por que estilos de treinamento opressivos, que procuram enquadrar o atleta em regras que muitas vezes se assemelham ao bullying moral e vão minando a saúde mental desses profissionais não são parecidos com os que encontramos em algumas organizações, com o mesmo impacto negativo sobre os colaboradores que ali trabalham? Se é algo que a Olimpíada de Tóquio nos ensinou é os atletas precisam falar mais, dar mais voz ao sofrimento deles, buscar ajuda. Pois só assim as mudanças começam a acontecer, como já estamos vendo em Paris. Por que não deveríamos fazer o mesmo? Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental. Fonte: Forbes

Burnout: por que as pessoas evitam procurar ajuda?

Nos últimos 10 anos, o número de pessoas diagnosticadas com problemas de saúde mental tem alcançado seu nível mais alto. Essa é a declaração de Jon Clifton, CEO da consultoria Gallup, na nota de abertura do tradicional estudo State of The Global Workplace 2024. A saúde mental do colaborador, com destaque ao burnout, tem estado no holofote dos debates corporativos, do governo e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Compreende-se que a prevenção e o cuidado com a saúde mental não  se limitam às ações pontuais, é importante uma abordagem que envolva a implementação de uma cultura de trabalho que valorize e  priorize o bem-estar emocional e físico de todos os colaboradores. Isso inclui um ambiente de trabalho saudável, em que a comunicação aberta e o apoio mútuo são incentivados, além da oferta de recursos e programas contínuos de saúde mental, possibilitando o equilíbrio entre as demandas profissionais e pessoais, resultando em aumento da satisfação e produtividade.  Quer saber mais sobre esse tema? Então não deixe de ler esse artigo. O que é burnout e como diagnosticar Como detalha a Dra. Camila Magalhães, psiquiatra e cofundadora da Caliandra Saúde Mental, o burnout é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas relacionados ao estresse crônico no contexto profissional. Dentre as principais características dessa condição, três se destacam: exaustão emocional extrema, despersonalização e baixa realização pessoal e profissional. O burnout apresenta sintomas significativos de esgotamento mental que impactam o funcionamento cotidiano, podendo resultar em afastamento médico. O reconhecimento e o diagnóstico são essenciais e devem ser realizados por um profissional de saúde mental, que pode realizar uma avaliação clínica minuciosa para confirmar o diagnóstico e, se necessário, recomendar uma licença médica para permitir a recuperação do indivíduo. Síndrome já é reconhecida como condição de saúde ocupacional A urgência da saúde mental no ambiente de trabalho é tamanha que a Organização Mundial de Saúde incluiu a síndrome de burnout na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional. Pela definição da OMS, “burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”, ressaltando que o termo se refere especificamente a fenômenos no contexto ocupacional e não deve ser aplicado para descrever experiências em outras áreas da vida.  Em novembro de 2023, a Portaria GM/MS Nº 1.999 atualizou a lista de acidentes de trabalho no Brasil, que incluiu o burnout. Isso quer dizer que, sob a ótica do Ministério do Trabalho, o colaborador diagnosticado com burnout tem os mesmos direitos trabalhistas daqueles com outras doenças e acidentes decorrentes de atividades profissionais.    Por que a saúde mental ainda é tabu nas empresas?  Muitos profissionais ainda não buscam ajuda especializada para tratar a doença, principalmente por desconhecimento, preconceito com relação a doenças de saúde mental, medo do julgamento e estigmatização, vergonha em admitir vulnerabilidades e a  falta de apoio e acolhimento no ambiente corporativo. Esses fatores combinados contribuem para que o colaborador hesite em procurar apoio e resultam em afastamentos que poderiam ter sido evitados.   De que forma a cultura de trabalho pode ajudar Sintomas de sofrimento emocional, como o burnout, têm mais chance de serem diagnosticados, evitados e tratados quando o colaborador faz parte de uma organização em que: Como é comum e ocorre em outras doenças, a identificação rápida dos sinais e o diagnóstico precoce do burnout permite intervenções eficazes, minimiza os impactos e contribui para uma melhor recuperação. Além disso, aliado a um tratamento personalizado e adequado, conduzido por profissionais especializados, garante que as necessidades individuais sejam atendidas, promovendo um retorno ao bem-estar emocional e físico mais rápido e sustentável. A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato agora.