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Por que calcular o ROI de saúde mental nas empresas?

Um problema de saúde mental envolve diversos sintomas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 94% das pessoas com sofrimento mental apresentam falhas na memória, falta de atenção e desinteresse em decisões e planejamentos. Como sabemos, isso afeta a rotina pessoal e as atividades do trabalho, impactando a produtividade dos colaboradores e, consequentemente, os ganhos da companhia. Um estudo divulgado pela ISMA-BR (International Stress Management Association) revelou que, no Brasil, nos últimos dez anos, o estresse e outros sintomas de esgotamento emocional foram responsáveis por um aumento de 140% nos gastos trabalhistas. Além dos custos diretos, como os cuidados em saúde (incluindo benefícios psicológicos e medicamentos) e afastamentos, é preciso lembrar dos indiretos: as faltas ao trabalho, o presenteísmo e a rotatividade de colaboradores. Principalmente quando há afastamentos longos, em especial de casos graves, a empresa precisa substituir aquele funcionário ou a equipe ficará sobrecarregada. Tudo isso gera tempo e esforço, não é mesmo? Diante deste cenário, muitas organizações acreditam que a situação é inevitável. Porém, como psiquiatra e cofundador de uma empresa de saúde mental, posso dizer que é possível reduzir e, até mesmo, evitar esses gastos trabalhistas negativos e, sem dúvidas, exaustivos tanto para a liderança quanto para os colaboradores. Sabem como? Por meio de protocolos, estratégias e programas de saúde mental dentro das empresas. Ah, e isso não é luxo, é necessidade! E por isso, deve ser incluída no orçamento das empresas. O mais incrível é que, além de promover um ambiente corporativo mentalmente saudável, o investimento em programas de saúde mental pode gerar um retorno muito positivo financeiramente. Isso é nítido, mas também demonstrado em uma pesquisa da Harvard Business Review, que apontou que o ROI (retorno sobre o investimento) da saúde mental dentro das empresas é de R$ 3,68 para toda a equipe e de R$ 6,30 para os gestores. Isso significa que, para cada R$ 1,00 investido nesses programas, a empresa pode obter um retorno financeiro de R$ 3,68. No entanto, quero destacar que o ROI não deve ser o principal ponto analisado em um programa de saúde mental, apesar de ser um indicador muito potente. As empresas precisam ter como prioridade o bem-estar de toda a equipe, incluindo a liderança. E, então, colherão resultados financeiros. A orientação é que os problemas de saúde mental devem ser detectados precocemente e não serem normalizados. O treinamento das lideranças para identificar, acolher e orientar as equipes, a prontidão no cuidado e a gestão das crises são fundamentais para a construção e manutenção de um ambiente mentalmente saudável. Com isso, quero destacar que todas as ações que uma empresa planeja executar para ajudar um colaborador com sofrimento emocional precisam ser realizadas em conjunto com uma equipe de profissionais especializados, como psiquiatras e psicólogos. Junto com ao time empresarial, estes profissionais poderão analisar quais ações são mais urgentes ou indicadas para promover um ambiente mentalmente saudável, sempre garantindo a confidencialidade de cada caso, é claro. Finalizo declarando que os cuidados com a saúde mental não devem ser só uma etapa, mas uma prática diária. O verdadeiro sucesso é ser feliz e estar bem consigo mesmo em primeiro lugar. Só assim seremos mais saudáveis para nós, para o próximo e em todos os lugares em que estivermos. Arthur Guerra é psiquiatra e cofundador da Caliandra Saúde Mental Fonte: Valor Econômico – Carreira

Janeiro Branco: 73% dos trabalhadores veem medo de julgamento como barreira para buscar tratamento

Janeiro está chegando ao fim e com ele a campanha “Janeiro Branco”, movimento criado para conscientizar a sociedade sobre a importância da saúde mental. E tirar o estigma do tema nunca foi tão importante. Isso porque, apesar de cada mais empresas falarem abertamente sobre saúde mental e criarem iniciativas sobre o assunto, 73% dos trabalhadores afirmam que o medo do julgamento e da discriminação é a principal barreira para não procurar ajuda profissional. Pelo menos é isso que aponta uma nova pesquisa da Caliandra Saúde Mental, empresa especializada em criar programas corporativos de saúde mental, que ouviu 333 pessoas. O tabu em torno da saúde mental e o sentimento de vergonha ou insegurança foi apontado por outros 70% dos profissionais como entrave para que pessoas com transtornos mentais busquem ajuda. “Muitos profissionais têm medo de falar sobre um sofrimento emocional com seu líder, com receio de que pensem que está fazendo corpo mole ou apenas justificar uma possível queda na produtividade. É preciso romper essa barreira e isso deve começar com o apoio dos líderes”, diz Arthur Guerra, médico psiquiatra e cofundador da Caliandra Saúde Mental. Estresse e esgotamento: os vilões da saúde mental no trabalho Entre os desafios relacionados ao campo da saúde mental que mais impactam no trabalho estão o desgaste, cansaço e estresse, representando 49% das respostas, sendo que as alterações de humor e falta de comunicação assertiva vêm logo na sequência com 22% e 10%, respectivamente. As descobertas estão em linha com outros estudos que mostram o papel que o trabalho desempenha na piora ou mesmo estímulo de doenças mentais nos trabalhadores. Não à toa, há exatamente um ano a Organização Mundial de Saúde (OMS) mudou a classificação do burnout, definindo-a como uma doença ocupacional. “O trabalho ao mesmo tempo que pode ser fonte de estresse e tensão, em alguns casos também auxilia alguns indivíduos a manter a saúde mental. Há quem, quando fica ocioso, fica mais vulnerável. Mas, para isso é preciso ter as condições adequadas, sem cobranças exageradas ou líderes tóxicos”, afirma Guerra. O especialista comenta que fornecer um ambiente de trabalho saudável é importante também para aquelas empresas que estão preocupadas com ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa).  “Não cabe às empresas diagnosticar ou tratar os funcionários, mas, além de fornecer um ambiente que não contribua com o desenvolvimento de questões emocionais, é preciso possuir uma estrutura para apoiar os funcionários e orientá-los a buscar ajuda. Tudo isso está muito conectado com a responsabilidade social do ESG”, diz. E, apesar dos pontos de atenção, a pesquisa também apontou que mais pessoas estão interessadas em saber mais sobre saúde mental. Isso porque 39% dos entrevistados disseram que esperam aprofundar seu conhecimento sobre saúde mental e outros 13% querem aprender a identificar o sofrimento emocional. Qual é o significado de Janeiro Branco? Desde 2014, no primeiro mês do ano acontece o Janeiro Branco, movimento criado para conscientizar a sociedade sobre a importândia da saúde mental. Coordenada pelo Instituto Janeiro Branco, a campanha de 2023 tem como tema “A vida pele equilíbrio“, alertando a importância de encontrar harmonia entre todas as facetas da vida. Fonte: Exame

Nova lei sobre saúde mental: sua empresa está alinhada a ela?

Nova lei sobre saúde mental: sua empresa está alinhada a ela? Entrou em vigor a Lei 14.831/2024, que institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental e estabelece os requisitos para a concessão da certificação. Conforme destacou Erica Siu, CEO da Caliandra Saúde Mental, a certificação tem potencial para incentivar as empresas e as lideranças a transformarem a maneira de enxergar o   tema e  abraçarem a causa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia indicado o trabalho como um lugar privilegiado para promoção da saúde mental, tendo em vista que o cuidado com a saúde mental do colaborador  contribui  no clima organizacional, na produtividade da equipe e na qualidade das entregas. Enfatizada pela psiquiatra Dra. Camila Magalhães Silveira, cofundadora da Caliandra Saúde Mental. A expectativa é que  estas iniciativas sejam colocadas em prática em prol do desenvolvimento de ambientes de trabalho genuinamente mais saudáveis e sustentáveis. Mas como a lei vai agir nesse sentido? É sobre isso que vamos falar nesse artigo. Pilares da Lei do Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental  De acordo com o Art. 3º da lei, as empresas interessadas em obter a certificação devem desenvolver ações e políticas fundamentadas considerando três diretrizes: 1. promoção da saúde mental, por meio: 2. bem-estar dos trabalhadores, com atenção: 3. transparência e prestação de contas com: Por que é importante cuidar da saúde mental da equipe A saúde mental dos colaboradores é um tema que vem ganhando  espaço nas estratégias de companhias de todos os portes e segmentos, principalmente desde que o burnout passou a ser considerado uma doença ocupacional. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) corroboram a relevância do assunto: Quando falamos em saúde mental dos colaboradores,   sabemos o quanto pode ser desafiador definir e implementar ações efetivas, principalmente no cumprimento de normas estabelecidas, como é o caso do  Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental. Mas nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato agora.