Mais da metade (55%) dos 1.766 consumidores brasileiros entrevistados para um estudo da Serasa Experian em agosto de 2024, revelaram já ter sofrido com problemas que impactaram a saúde mental e também as finanças. De acordo com a pesquisa, diante de uma crise financeira, as pessoas se sentem mal por pedir dinheiro emprestado a familiares e/ou amigos (resposta de 72% dos entrevistados), evitam ter conversas sobre dinheiro (69%) e isolam-se, ficando sem contato com amigos (61%).
Dados como esses evidenciam que, tratando-se de saúde mental do colaborador, é necessário que as organizações ampliem suas reflexões para além do burnout, considerando outros fatores e desafios que afetam o bem-estar no ambiente de trabalho. E é sobre isso que falaremos neste artigo.
Conexão entre saúde mental e financeira
Ao longo da vida, muitos acontecimentos podem fazer com que uma pessoa fique emocionalmente fragilizada, afetando negativamente sua saúde mental. Entre esses fatores estão as crises financeiras, seja por desemprego, despesas inesperadas, mudanças na economia do país, falta de planejamento, investimentos mal sucedidos, golpes ou endividamentos.
Importante destacar que essa conexão é uma via de mão dupla, pois se trata tanto de uma questão ou dificuldade financeira que pode levar a um sofrimento emocional, como o contrário. Por exemplo, alguém que tem algum transtorno mental ou sofrimento importante que não é adequadamente cuidado e apresenta queda de produtividade, pode ter repercussões financeiras também – perda de emprego, queda na renda (se for autônomo, isso é uma relação ainda mais qdireta). Ou seja, pode acabar se tornando uma bola de neve – um impactando negativamente o outro.
Por isso, diante de uma crise financeira, pode acontecer da pessoa sofrer com estresse, preocupação, vergonha e ansiedade, além de perda de sono, de concentração e/ou de produtividade no trabalho, com impactos na saúde mental.
Papel das empresas na saúde financeira do colaborador
Com relação ao ambiente corporativo, a pesquisa da Serasa Experian mapeou que uma pessoa endividada tende a trabalhar pensando nas contas a pagar, com a maior parte do tempo preocupada, acreditando que pode resolver tudo sozinha. Tratam-se de situações que, inevitavelmente, impactam negativamente no desempenho, no engajamento e na produtividade no trabalho.
Diante deste cenário, muitas organizações se posicionaram como apoiadoras da saúde financeira dos seus colaboradores, oferecendo salários e benefícios compatíveis à média do que é praticado no mercado, além de oferecer workshops sobre gestão de orçamento pessoal e investimentos. Algumas dispõem de cooperativa de crédito para que os profissionais tenham acesso a empréstimos em casos de urgência e emergência.
Há, ainda, companhias que, por meio de parceiros especializados em saúde mental, mantêm um criterioso e estruturado rastreio da saúde mental e emocional dos colaboradores a fim de identificar quando algo não vai bem, para que o cuidado seja ofertado precocemente. Paralelamente, promovem ações em prol do bem-estar e da saúde emocional de líderes e liderados.
Estabilidade financeira e saúde mental são preocupações comuns de todos nós. Mas as organizações também reconhecem seu papel e compartilham a responsabilidade em prol dos colaboradores e do negócio.
Nós podemos apoiar a sua organização na jornada de bem-estar da equipe. Entre em contato.