Caliandra

Documentário retrata impacto das desigualdades sociais na saúde mental

Obra destaca histórias reais de mulheres periféricas que, por meio de um projeto social, se tornaram líderes comunitárias O Instituto Beja e a empresa Caliandra Saúde Mental, especializada em soluções de cuidados à saúde mental, lançarão na próxima quarta-feira, 4 de dezembro, o documentário “Jardim de Retalhos”.Dirigido por Alma André Castilho e Nicoly Cruvinel, a obra abordará  a jornada de três mulheres da periferia de São Paulo na busca por bem-estar psicológico e emocional. De acordo com os produtores, a ideia é lançar um olhar sensível e urgente sobre o impacto das desigualdades sociais na saúde mental, expondo a realidade de uma população frequentemente marginalizada. Nesse sentido, o documentário contará como o projeto social “Gente Que Precisa Da Gente”, desenvolvido na periferia da capital paulista, impulsionou essas mulheres a se tornarem líderes comunitárias, unidas pela causa da saúde mental feminina. CEO da Caliandra, Erica Siu ressaltou o histórico por trás do projeto. “Esta iniciativa nasceu a partir do encontro de pessoas pela via acadêmica, atuação nos serviços de acolhimento da rede socioassistencial de Sapopemba e pelos coletivos de diferentes inserções na área social”, disse. Por meio de narrativas pessoais, “Jardim de Retalhos” promete ao público uma reflexão empírica sobre a importância do apoio comunitário e das políticas públicas eficazes na promoção da saúde mental em áreas de periferia. Atualmente, o “Gente Que Precisa Da Gente” atende mulheres sem restrição de idade, e articula junto às lideranças femininas locais e os profissionais da rede socioassistencial. Dentre as atividades estão prevenção, promoção e cuidados da saúde mental através de oficinas, rodas terapêuticas, acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Toda a ação é supervisionada pela psiquiatra e cofundadora da Caliandra, Dra. Camila Magalhães. Além disso, o projeto foi estruturado em colaboração com a psicóloga Heloísa de Souza Dantas e lideranças do Instituto Beja, a partir da participação ativa de representantes da comunidade assistida. A estreia da obra está prevista para às 19h, no Cinesala, que fica no bairro de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Fonte: Veja Radar

‘Jardim de Retalhos’: documentário aborda saúde mental feminina e resiliência na periferia de São Paulo

Filme inspirado no projeto “Gente Precisa de Gente” estreia dia 4 de dezembro, destacando a força de mulheres periféricas na luta por saúde mental e liderança comunitária. O documentário “Jardim de Retalhos”, dirigido por Alma André Castilho e Nicoly Cruvinel, será exibido em estreia especial nesta quarta-feira (4), às 19h, no Cinesala, em São Paulo. A obra acompanha a jornada de três mulheres da periferia paulistana que, com o apoio de um projeto social inovador, transformaram suas vidas e se tornaram líderes comunitárias. Inspirado no Projeto Social “Gente Precisa de Gente”, o filme revela as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na periferia de São Paulo, onde as desigualdades sociais intensificam os desafios da saúde mental. Ao mesmo tempo, o documentário destaca a força e a solidariedade que surgem nesses contextos, promovendo um olhar sensível e reflexivo sobre a importância do apoio comunitário e de políticas públicas eficazes. No documentário, as histórias das mulheres participantes mostram como o apoio comunitário e o acesso a serviços especializados podem gerar mudanças significativas em vidas marcadas por adversidades. O filme destaca, ainda, o poder da rede de solidariedade feminina na superação de traumas e no fortalecimento emocional. Impacto do projeto na vida das participantes O projeto “Gente Precisa de Gente”, idealizado pelo Instituto Beja e pela Caliandra Saúde Mental, tem como objetivo atender mulheres em situação de alta vulnerabilidade social no bairro de Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. Desde sua criação, o projeto já impactou a vida de 150 mulheres a partir de acolhimento, fortalecimento da rede de apoio, oficinas terapêuticas e acompanhamento psicológico e psiquiátrico. As atividades são orientadas por uma equipe multidisciplinar liderada pela médica Camila Magalhães, psiquiatra e cofundadora da Caliandra, e pela psicóloga Elisangela Miranda, que coordena os trabalhos na comunidade.  “Implantar um trabalho desses em uma região de alta vulnerabilidade requer um olhar atento às demandas específicas de famílias, mulheres e crianças afetadas pela violência ou em risco emocional”, explica Elisangela. O trailer de “Jardim de Retalhos” já está disponível no YouTube, e a estreia promete emocionar e provocar reflexões sobre a urgência de iniciativas que promovam saúde mental e igualdade social nas periferias do Brasil. Serviço Lançamento documentário “Jardim de retalhos” Quando: 4 de dezembro Horário: às 19h Onde: Cinesala – Rua Fradique Coutinho, 361 – Pinheiros (SP) Fonte: Alma Preta

Aumento no uso de antidepressivos em 2024

O uso de antidepressivos por profissionais brasileiros cresceu 12% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com levantamento da Vidalink. O mapeamento mostra que o grupo que mais tem feito uso desse tipo de medicamento é composto por pessoas com idades entre 39 e 48 anos. A prescrição desse tipo de medicamento requer uma avaliação completa do paciente,  considerando os sintomas e duração, bem como o grau de prejuízo, possíveis comorbidades,  o perfil   emocional e as expectativas em relação   ao tratamento.  Tal diagnóstico deve ser realizado por um profissional da saúde mental, um médico psiquiatra. Vale lembrar que o medicamento não é o único ponto para o tratamento; é preciso também uma rede apoio (familiares, amigos, colegas de trabalho).  Impacto do uso de medicamentos para saúde mental no ambiente de trabalho Os medicamentos são uma parte importante do tratamento para pessoas em sofrimento mental e emocional. Contudo, seu uso deve sempre ser feito com prescrição e acompanhamento de profissionais de saúde mental, que possuem a expertise necessária para orientar sobre a dosagem, o período de uso e o desmame gradual. Esse acompanhamento especializado é essencial para mitigar possíveis efeitos colaterais e oferecer suporte ao indivíduo durante o processo de adaptação à medicação. Além disso, no ambiente de trabalho, o acolhimento por parte da liderança e dos colegas é fundamental. Estar disponível para ajudar, com empatia e descrição, pode fazer toda a diferença nessa fase. Os medicamentos não são uma solução imediata para questões de saúde mental. Eles podem levar semanas, ou até meses, para produzir resultados perceptíveis. Por isso, é importante ser paciente e manter o uso de acordo com a recomendação médica, mesmo que os efeitos não sejam instantâneos. O uso de medicamentos é uma ferramenta poderosa para promover a recuperação e o bem-estar emocional. Tratá-los com preconceito ou julgamento pode dificultar que pessoas em sofrimento busquem o apoio necessário. Ao reduzir os estigmas relacionados à medicação, contribuímos para que mais indivíduos tenham acesso ao tratamento adequado, melhorando significativamente a qualidade de vida. Como o ambiente de trabalho pode influenciar a saúde mental dos funcionários Cada indivíduo deve ser responsável pelo próprio bem-estar físico, mental e emocional, mas, no ambiente de trabalho, essa responsabilidade deve ser compartilhada com a empresa. Afinal, o colaborador passa a maior parte do dia na companhia e o ambiente pode influenciar para o bem ou para o mal. Ações que influenciam para o bem da saúde mental: Esses elementos, quando implementados de maneira eficaz, podem criar um ambiente de trabalho que não apenas apoia a saúde mental dos funcionários, mas também melhora a produtividade e a satisfação geral no trabalho. Ações que podem influenciar para o bem da saúde mental: Estratégias para promover a saúde mental no trabalho Em matéria do portal Mundo RH, Nikolas Heine, médico psiquiatra e Coordenador de Psiquiatria da Caliandra Saúde Mental, destaca mitos muito comuns em relação ao uso de antidepressivos: a crença de que tais medicações são fracas e inúteis; ou que são muito fortes, com potencial para causar dependência ou enlouquecimento. O especialista em saúde mental explica que, na verdade, tratam-se de medicamentos amplamente testados e extremamente seguros. Quando se trata de profissionais em sofrimento emocional, medicar  não é o suficiente. É preciso um trabalho conjunto entre empresa, colaborador e uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras e psicólogos. Nesse contexto é fundamental  desenvolver campanhas de conscientização sobre saúde mental que levem em conta as particularidades do ambiente de trabalho: : O bem-estar no trabalho tem se consolidado como uma excelente estratégia e  ferramenta de atração e retenção dos melhores profissionais. Quando a saúde mental e emocional dos colaboradores é priorizada, a equipe tende a alcançar maior produtividade e qualidade nas entregas, impulsionando o negócio com resultados consistentes.    A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato agora.

Quais são as moedas de troca quando se fala de bem-estar no trabalho?

O crescimento, a inovação e a sustentabilidade de uma organização são fatores diretamente influenciados pela qualidade da saúde mental de seus colaboradores e, consequentemente, seu bem-estar no trabalho. Profissionais que desfrutam de bem-estar emocional tendem a realizar suas atividades laborais com foco, colaboração e motivação. Dessa forma, a entrega para a empresa é mais do que o tempo do colaborador. Atualmente (e felizmente!), estamos mais conscientes das questões de bem-estar no trabalho e atentos à necessidade do constante cuidado com a saúde física e mental. Conforme um estudo da consultoria de recrutamento Michael Page, 56% dos brasileiros entrevistados afirmam “estarem dispostos a rejeitar uma promoção se acreditarem que as novas responsabilidades terão um efeito negativo em seu bem-estar”. Equílibrio entre vida pessoal e profissional Na mesma pesquisa, quando questionados sobre “quais fatores têm mais poder para influenciar a satisfação no trabalho”, 52% dos brasileiros destacam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Vale ressaltar que esse fator aparece à frente de salários competitivos (opção citada por 43% dos entrevistados) e progressão na carreira (33%). Anteriormente, uma escala de prioridade como essa não era considerada, tendo em vista que sentimentos e emoções não tinham espaço no ambiente corporativo. Não há mais dúvidas que o bem-estar emocional tem impacto significativo no dia a dia da empresa, nas relações corporativas e nos resultados do negócio. Um time emocionalmente saudável favorece um ambiente de trabalho positivo, produtivo e sustentável, o que eleva o valor da organização. Nós somos responsáveis Claro, cada um de nós deve ser responsável pelo cuidado com sua própria saúde mental. Mas, considerando o ambiente de trabalho, é dever da empresa compartilhar essa responsabilidade a partir de programas de promoção de saúde mental condizentes com sua cultura e seu negócio. A demanda é por uma jornada consistente e contínua de prevenção, diagnóstico e tratamento. Desde a atuação transversal de profissionais de saúde ocupacional junto às equipes, passando pela identificação e conexão de pessoas com sofrimento emocional aos serviços de saúde mental. Bem como até o letramento da liderança e das equipes para aumentar o conhecimento sobre o tema e diminuir as barreiras para os cuidados. As moedas de troca do bem-estar no trabalho equivalem, na verdade, a um investimento com retorno. A saúde mental dos colaboradores se traduz em produtividade, retenção de talentos e um ambiente de trabalho mais sustentável e positivo. De nada adiantam salários atraentes, bônus generosos ou promoções se a pressão e o estresse levarem o time à exaustão. Trocar o bem-estar por resultados imediatos funciona apenas por um curto prazo. Logo, a conta chega e os juros da exaustão podem ser altíssimos. Priorizar a saúde mental é investir em um futuro próspero e sustentável para a empresa, o colaborador e a sociedade. Fonte: RH Pra Você

Saúde mental e financeira: relação, desafios e soluções

Mais da metade (55%) dos 1.766 consumidores brasileiros entrevistados para um estudo da Serasa Experian em agosto de 2024, revelaram já ter sofrido com problemas que impactaram a  saúde mental e também as finanças. De acordo com a pesquisa,   diante de uma crise financeira, as pessoas se sentem mal por pedir dinheiro emprestado a familiares e/ou amigos (resposta de 72% dos entrevistados), evitam ter conversas sobre dinheiro (69%) e isolam-se, ficando sem contato com amigos (61%). Dados como esses evidenciam que,  tratando-se de saúde mental do colaborador, é necessário que as organizações  ampliem suas reflexões para além do burnout, considerando outros fatores e desafios que afetam o bem-estar no ambiente de trabalho. E é sobre isso que falaremos neste artigo. Conexão entre saúde mental e financeira Ao longo da vida, muitos acontecimentos podem fazer com que uma pessoa fique emocionalmente fragilizada, afetando negativamente sua saúde mental. Entre esses fatores estão as crises financeiras, seja por desemprego, despesas inesperadas, mudanças na economia do país, falta de planejamento, investimentos mal sucedidos, golpes ou endividamentos.  Importante destacar que essa conexão é uma via de mão dupla, pois se trata tanto de uma questão ou dificuldade financeira que pode levar a um sofrimento emocional, como o contrário. Por exemplo, alguém que tem algum transtorno mental ou sofrimento importante que não é adequadamente cuidado e apresenta queda de produtividade, pode ter repercussões financeiras também – perda de emprego, queda na renda (se for autônomo, isso é uma relação ainda mais qdireta). Ou seja, pode acabar se tornando uma bola de neve – um impactando negativamente o outro. Por isso, diante de uma crise financeira, pode acontecer da pessoa   sofrer com estresse, preocupação, vergonha e ansiedade, além de perda de sono, de concentração e/ou de produtividade no trabalho, com impactos na saúde mental.   Papel das empresas na saúde financeira do colaborador Com relação ao ambiente corporativo, a pesquisa da Serasa Experian mapeou que uma pessoa endividada tende a trabalhar pensando nas contas a pagar,  com a maior parte do tempo preocupada, acreditando que pode resolver tudo sozinha. Tratam-se de situações que, inevitavelmente, impactam negativamente no desempenho, no engajamento e na produtividade no trabalho.  Diante deste cenário, muitas organizações se posicionaram como apoiadoras da saúde financeira dos seus colaboradores, oferecendo salários e benefícios compatíveis à média do que é praticado no mercado, além de oferecer workshops sobre gestão de orçamento pessoal e investimentos. Algumas dispõem de cooperativa de crédito para que os profissionais tenham acesso a empréstimos em casos de urgência e emergência. Há, ainda, companhias que, por meio de parceiros especializados em saúde mental, mantêm um criterioso e estruturado rastreio da saúde mental e emocional dos colaboradores a fim de identificar quando algo não vai bem, para que o cuidado seja ofertado precocemente. Paralelamente, promovem ações em prol do bem-estar e da saúde emocional de líderes e liderados. Estabilidade financeira e saúde mental são preocupações comuns de todos nós. Mas as organizações também reconhecem seu papel e compartilham a responsabilidade em prol dos colaboradores e do negócio.  Nós podemos apoiar a sua organização na jornada de bem-estar da equipe. Entre em contato.

Gestão de crises empresariais: 6 ações de apoio aos colaboradores

Toda organização em operação está sujeita a situações críticas que podem desafiar o seu funcionamento ou a sua estabilidade e sustentabilidade. Por isso, é fundamental que  desenvolvam um robusto plano de gestão de crises focado no cuidado com a equipe. Assim, a companhia se torna mais eficiente ao transitar por cenários adversos, como problemas financeiros, mudanças no mercado, abalo na reputação, desastres naturais ou conflitos internos, por exemplo. Por que a saúde mental da equipe deve integrar esse plano Situações que comprometem a tranquilidade dos colaboradores  no desempenho de suas funções podem impactar a saúde mental  , de maneira profunda e multifacetada. Ainda que não estejam diretamente envolvidos  ou severamente impactados, os profissionais podem, de alguma forma, se sentir vulneráveis. Em momentos  de crise, a empresa deve assegurar   que os profissionais sejam capazes de trabalhar de forma coordenada, o que   fortalece a resiliência corporativa. Para isso, além de uma comunicação transparente, recomendamos atenção especial à saúde mental da equipe, tendo em vista que um time saudável beneficia tanto o indivíduo quanto a companhia. No apoio aos colaboradores, o que a empresa pode fazer?   No ambiente corporativo, a saúde mental do colaborador é uma responsabilidade compartilhada.   Cada profissional deve zelar pelo próprio bem-estar, enquanto a companhia tem o papel de garantir   um ambiente que promova valorização, comunicação eficiente, apoio e acolhimento. Uma gestão de crise de saúde mental eficiente inclui ações para mitigar impactos emocionais da equipe, bem como, em determinados casos, prevenir a evolução para um transtorno de estresse pós-trauma. Aqui estão 6 práticas essenciais: 1. Comunicação clara e transparente: manter os colaboradores informados sobre os desafios e ações da empresa, o que promove a confiança e segurança, importantes em um momento de maior vulnerabilidade; 2. Reforçar o papel da liderança: letramento da liderança para reconhecer sinais de sofrimento emocional e oferecer suporte e direcionamento à equipe; 3. Criar grupos de apoio interno: grupos de apoio intermediados por profissionais de saúde, para compartilhar experiências e fortalecer laços; 4. Flexibilizar a jornada de trabalho: permitir horários e modelos de trabalho flexíveis contribuiu para aliviar a pressão e equilibrar demandas pessoais e profissionais; 5. Incentivar pausas para descanso: pausas regulares podem reduzir a exaustão e melhorar a produtividade e saúde mental; 6. Disponibilizar suporte de atendimento especializado: oferecer acesso a profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, para apoio imediato em momentos de crise.  Um ambiente corporativo saudável, inovador e resiliente   depende   de equipes que exploram todo o seu potencial. Ao   lidar com os desafios do dia a dia com resiliência, todos contribuem para um ambiente mais próspero e sustentável. Algo que só é possível com saúde mental. A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato.

RH e Saúde Mental: uma integração vital

O dia a dia da área de Recursos Humanos está cada vez mais desafiador, diante das rápidas e constantes transformações no mundo. A necessidade de adaptação às novas demandas, como o trabalho remoto, a diversidade de gerações, o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores, somada à responsabilidade de alinhar os objetivos organizacionais às expectativas e necessidades de profissionais cada vez mais exigentes com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, faz com que a busca por estratégias inovadoras para atrair, engajar e reter talentos coloque pressão adicional sobre os profissionais de RH. Um estudo global, realizado pelo instituto Gallup, constatou que 77% dos profissionais entrevistados apresentaram algum nível de desengajamento em relação ao trabalho; destes, 62% comparecem ao local de trabalho, entregam o mínimo necessário sem inspiração, e os demais 15% estão desengajados e buscam novas oportunidades ativamente. . A pesquisa indica que esse comportamento representa US$ 8,9 trilhões em perda de produtividade em todo o mundo. Desengajamento nem sempre é falta de comprometimento Nossa experiência no atendimento a colaboradores de empresas parceiras revela que o desengajamento, em muitos casos, não está   necessariamente relacionado à  falta de comprometimento.O profissional  pode estar enfrentando esgotamento mental ou emocional que não foi devidamente identificado ou  gerenciado. Isso pode ocorrer por falta de autopercepção, medo de julgamento ou questões organizacionais que afetam  sua relação  com o trabalho. Em situações como essa, muitos sofrem  em silêncio, o que pode agravar o problema e impactar negativamente seu desempenho, o relacionamento com a equipe e a qualidade das entregas. Alguns são demitidos antes mesmo de um adoecimento mental ser identificado.  De quem é a responsabilidade da saúde mental do colaborador? Cada indivíduo deve ser responsável pelo cuidado com a própria saúde mental. No ambiente de trabalho, cabe à empresa oferecer um clima organizacional de apoio, respeito e acolhimento para que os profissionais possam desempenhar suas funções com tranquilidade, minimizando os sintomas que podem contribuir para o estresse, burnout e ansiedade, entre tantos outros desafios..   Essa responsabilidade compartilhada  promove o bem-estar no trabalho, refletindo ao final  de cada dia, redução do absenteísmo, melhor clima organizacional, aumento da produtividade, engajamento, inovação e criatividade. 4 boas práticas da empresa em prol da saúde mental da equipe A conscientização sobre o real significado de saúde mental e bem-estar no trabalho é o primeiro passo para que os integrantes de uma companhia possam estar  atentos aos próprios comportamentos e de quem estiver ao redor.   Quatro boas práticas se mostram bastante úteis: 1. Compreender o bem-estar no trabalho como parte das estratégias do negócio A saúde mental  deve ser  pauta recorrente nas reuniões estratégicas da alta liderança e dos gestores, nas ações da área de Recursos Humanos, na pesquisa de clima organizacional e nos exames médicos periódicos. 2. Considerar o apoio de um parceiro especializado em saúde mental Contar com o apoio de um parceiro especializado em saúde mental faz toda a diferença na superação dos desafios relacionados ao bem-estar no trabalho. Além de oferecer consultoria sobre boas práticas para a área de Recursos Humanos, esse parceiro também atua como rede de apoio essencial para líderes e colaboradores que enfrentam sofrimento emocional. Ainda, em situações que podem evoluir para uma crise de saúde mental, os especialistas conseguem gerenciar as ações de maneira mais ágil e coordenada. 3.  Letramento da liderança Não são raros os casos em que colaboradores em sofrimento emocional buscam seus gestores diretos antes de procurar o apoio de um especialista. É fundamental que os líderes sejam letrados para desenvolver habilidades de comunicação empática, a fim de proporcionar um ambiente de confiança e acolhimento. Ao identificar os sinais: como mudanças de comportamento, diminuição da produtividade ou isolamento social, o papel do líder é o de oferecer apoio emocional, orientar e encaminhar o colaborador para um profissional especializado, garantindo que ele receba o tratamento adequado. 4. Investir   na saúde mental de quem cuida Algumas organizações preocupadas com a saúde mental de seus colaboradores investem massivamente em ações externas para os profissionais das camadas iniciais da pirâmide organizacional. No entanto, é fundamental lembrar da importância de cuidar também de quem cuida, ou seja, dos gestores e dos integrantes da equipe de RH. Assim como na analogia da máscara no avião, onde é necessário colocá-la em si mesmo antes de ajudar os outros, os líderes e a equipe de RH precisam zelar por sua própria saúde mental para, então, oferecer um apoio eficaz aos colaboradores. A saúde mental no trabalho é uma responsabilidade, um dever e um direito de todos. É uma ação desafiadora que demanda bom senso, empatia, informação, detecção precoce, prontidão no atendimento e habilidade para gerir possíveis crises relacionadas ao problema.  A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato agora.

Tragédia aérea: apoio psicológico em momentos de crise

No início de agosto de 2024, o Brasil foi impactado com a notícia da queda de um avião em uma área residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo, levando a óbito 62 pessoas. A fatalidade com a aeronave, que partiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, é considerada a pior tragédia aérea no País nos últimos 17 anos. Em situações como essa, as vítimas não se restringem apenas àquelas que perderam a vida. Familiares, amigos, colegas de trabalho dos passageiros e tripulação, bem como a população da área afetada, são profundamente impactados e podem enfrentar questões emocionais que exigem atenção e suporte de profissionais especializados. Uma tragédia aérea tem consequências emocionais que podem sensibilizar não apenas as pessoas envolvidas, mas também seus espectadores. A rápida disseminação de informações, fotos e vídeos por meio de sites, redes sociais ou aplicativos de mensagens, amplifica as especulações e incertezas. Essas informações, quando constantes, podem intensificar sintomas de ansiedade, agravar fobias e despertar um sentimento de medo ou insegurança. Esses fatores combinados podem levar ao comprometimento do bem-estar físico e emocional individual ou coletivo.  Os profissionais de companhias aéreas, como pilotos, comissários de bordo e equipes de suporte, também podem sofrer esgotamento emocional, apresentar sinais de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ou um conjunto de sintomas que    podem comprometer aspectos da vida pessoal e profissional.   Por isso, é fundamental que um suporte adequado seja oferecido,   orientações sobre autocuidado, incentivo a pausas regulares e acesso a  apoio psicológico,  quando necessário. Monitorar os níveis de estresse desse grupo, com é uma estratégia eficiente para que se estabeleça um ambiente de trabalho psicologicamente seguro.    Como mencionado, a queda do avião em Vinhedo não causou impactos emocionais apenas nos moradores da região, mas também trouxe perda e luto para os  habitantes de Cascavel e em todo o Brasil, considerando a cidade natal dos ocupantes da aeronave,   seus amigos e familiares. Mesmo aqueles que acompanham as notícias à distância sentem o sofrimento, seja pela empatia ou pela sensação de impotência diante de tanta dor . Essa situação exige uma abordagem sensível, personalizada e diferenciada, considerando o contexto de cada pessoa direta ou indiretamente afetada. Os enlutados precisam de um espaço de apoio para compartilhar suas emoções livremente, sem julgamentos e com orientações psicológicas adequadas. Aos que acompanham os desdobramentos dos fatos, a recomendação é praticar a autorregulação do consumo de informações, especialmente nas redes sociais, onde há excessos e rápida disseminação de conteúdos.  SOS Saúde Mental:  acolher os envolvidos de maneira imediata é essencial para que se inicie um processo de compreensão e recuperação. Esse apoio pode ser oferecido por Governos, entidades, empresas e comunidades, e deve envolver uma comunicação eficiente para evitar incertezas que podem agravar o sentimento de desamparo. É essencial que as pessoas tenham acesso a informações claras e precisas sobre o acidente, os esforços para esclarecer as causas e o andamento das investigações. Disponibilizar um canal para o esclarecimento de dúvidas e o envio de informações também é recomendado,evitando rumores, suposições e desinformação. A comunicação aos parentes das vítimas deve ser respeitosa, pessoal e privativa.  Em momentos de crise, a saúde emocional fica fragilizada, e estratégias como sessões de terapia individual ou em grupo podem ser úteis para o compartilhamento e a validação de emoções. Exercícios de respiração e mindfulness, em um ambiente de acolhimento, tendem a  reduzir a ansiedade e o estresse. Os enlutados podem  ser orientados sobre a importância de manter uma rotina diária, mesmo que adaptada às circunstâncias, além da prática do autocuidado, com uma alimentação adequada e sono suficiente. Essas medidas  proporcionam um senso de normalidade e controle, ajudando-os  a gerenciar suas emoções e responsabilidades. Além disso, é imprescindível que a empresa envolvida no acidente aéreo ofereça aos familiares das vítimas apoio financeiro, logístico e jurídico para a resolução de questões relacionadas ao traslado e/ou sepultamento dos corpos, entre outras questões burocráticas. Também é importante a cooperação  com as investigações, apresentando  documentos, informações e depoimentos que contribuam  para esclarecer  as causas do acidente  de maneira coordenada, rápida e eficaz.Recuperar-se emocionalmente após uma crise é um processo gradual que requer suporte contínuo. Com apoio psicológico e social, as pessoas envolvidas terão um ambiente mais propício para processar o trauma, compartilhar experiências, obter suporte e desenvolver estratégias de enfrentamento, preparando-se para lidar melhor com futuros desafios.

Burnon: mais um alerta para a saúde mental dos colaboradores

O burnon, ainda pouco conhecido, destaca a necessidade de atenção ao estresse crônico no trabalho e à promoção de saúde mental nas empresas para prevenir o esgotamento profissional. Por Dra. Camila Magalhães, psiquiatra e cofundadora da Caliandra Saúde Mental Recentemente, o termo “burnon” tem ganhado destaque. Embora ainda não seja uma síndrome cientificamente reconhecida, é um termo popularmente conhecido que indica exaustão no ambiente corporativo devido à dedicação excessiva ou “obsessão” pelo trabalho. Neste caso, a pessoa apresenta uma fixação e apego exagerado ao trabalho, chegando a romper relações sociais e a abandonar outras atividades por dificuldade em estabelecer limites. Apesar de ainda não haver estudos científicos aprofundados sobre o tema, o burnon é entendido como um mecanismo de estresse relacionado ao trabalho, com sintomas semelhantes aos do burnout — uma síndrome bem definida e reconhecida pela Organização Mundial da Saúde. Diferente do burnout, no qual há percepção de fadiga e exaustão extrema, física, emocional e mental, no burnon parece não haver compreensão do adoecimento: a pessoa continua suas atividades, mesmo exausta, pois, apesar de cumprir suas tarefas, ainda sente que seu esforço é insuficiente. Além disso, no burnon, a pessoa perde o prazer em realizar atividades que não sejam relacionadas ao trabalho, uma vez que está exageradamente vinculada à rotina laboral, que parece trazer alívio por estar alinhada ao seu ideal de sujeito trabalhador. Por se tratar de um termo recente, ainda não há dados precisos sobre a prevalência desse problema. No entanto, o sofrimento mental associado ao estresse e à sobrecarga no ambiente de trabalho tem recebido maior atenção. Uma pesquisa conduzida pela Caliandra Saúde Mental revelou os principais temas e desafios relacionados à saúde mental enfrentados pelas empresas. Entre os 333 líderes, colaboradores e profissionais de RH entrevistados, 73% afirmam que o medo do julgamento e da discriminação são motivos para que as pessoas com problemas relacionados à saúde mental não busquem ajuda profissional. Outras barreiras citadas por cerca de 70% dos entrevistados foram o tabu em torno da saúde mental e o sentimento de insegurança ou vergonha. Entre os desafios relacionados à saúde mental que mais impactam o trabalho, destacam-se o desgaste, o cansaço e o estresse, representando 49% das respostas. Alterações de humor e falta de comunicação assertiva seguem com 22% e 10%, respectivamente. Vale salientar que, apesar do termo “burnon” ter ganhado espaço, isso reflete a necessidade contemporânea de criar patologias para o sofrimento humano. É necessário adotar uma visão mais ampla ao avaliar o estresse crônico no trabalho e suas manifestações, que geralmente decorrem de uma relação disfuncional do indivíduo com o seu trabalho, envolvendo múltiplos fatores causais. Esses fatores incluem desde aspectos relacionados à personalidade e às necessidades do indivíduo, até precariedades nas relações e condições de trabalho, falta de políticas de saúde mental nas empresas e a cultura neoliberal, pautada no individualismo, desempenho e competitividade em um contexto de crises diversas (política, econômica e socioambiental). Todo esse ecossistema gera sofrimento. As doenças relacionadas à sobrecarga de trabalho afetam a todos em uma cultura que valoriza o empreendedorismo, a competitividade e a hiperconectividade, mas cujas rápidas mudanças tecnológicas e econômicas contribuem para um clima de insegurança. Muitos profissionais atuam constantemente sob pressão, enfrentando grandes responsabilidades, dupla jornada, inversão de turno ou ambientes de trabalho com demandas excessivas, lideranças abusivas e equipes reduzidas, o que os coloca em maior risco de desenvolver algum prejuízo emocional. Para minimizar os impactos, algumas medidas são eficazes, como estabelecer limites claros, praticar o autocuidado e procurar apoio profissional ao perceber tal sofrimento. No processo de tratamento, é necessário reconhecer e reduzir os fatores que levam aos sintomas de estresse, sobrecarga e exaustão. Além do gerenciamento dos fatores estressantes, o tratamento pode incluir melhorias na alimentação, sono, exercícios, comunicação com chefias, psicoterapia para percepção das angústias e organização dos afetos, tempo para lazer e, quando necessário, prescrição de medicação. Para que o tratamento de casos de sofrimento relacionado ao ambiente de trabalho seja eficaz, é essencial que haja interlocução entre o indivíduo e a instituição, seja por meio do médico do trabalho, RH ou líder direto, para ajustes em suas atividades laborais. Ou seja, um tratamento efetivo desses casos depende de ações conjuntas entre colaborador, empresa e profissionais de saúde especializados. O tratamento deve ser individualizado e pode envolver diversas abordagens (terapia, mudanças no estilo de vida, manejo de estresse), dependendo da gravidade e dos sintomas apresentados. Mas é preciso reforçar que, além das estratégias centradas no indivíduo, ações de prevenção e assistência no ambiente laboral também devem ser adotadas. Isso ressalta a importância de investimentos em ações para os colaboradores, abordando o tema de maneira efetiva, promovendo o letramento em saúde mental e treinando líderes para intervir quando necessário. Para que um colaborador se sinta à vontade para conversar com seu gestor sobre esse tema, é preciso que a liderança seja acessível, o que pode ser construído a partir de sensibilização e treinamento das equipes. O melhor programa de saúde mental é aquele elaborado em parceria, customizado ao perfil da empresa e de seus diferentes níveis e setores. Ao adotar uma comunicação clara, empática e humana, pautada na ética médica e assegurando aos colaboradores a confidencialidade dos dados de saúde, aumentam-se as probabilidades de utilização das ferramentas oferecidas. Promover e proporcionar um serviço especializado em saúde mental contínuo significa quebrar barreiras para a busca por ajuda – essa prontidão no cuidado traz repercussões muito positivas para o indivíduo e para a empresa. Como costumamos dizer, o bem-estar emocional no ambiente de trabalho é uma responsabilidade compartilhada. Fonte: Mundo RH

Profissionais da geração Z lideram o uso de medicamentos para saúde mental

Segundo levantamento da Vidalink, trabalhadores de 19 a 23 anos representam a maior porcentagem de compras de medicamentos para saúde mental (28,5%) – especialistas analisam o cenário. Uso de medicamentos para saúde mental é maior na faixa etária de 19 a 23 anos (28,5%), seguido da faixa entre 24 a 29 (22,7%), aponta levantamento da  Vidalink, empresa de plano de bem-estar corporativo. Os dados fazem parte da análise da compra de medicamentos de 196.677 funcionários entre 250 empresas no Brasil. Além disso, o Panorama da Saúde Mental, desenvolvido pelo Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel, aponta que jovens brasileiros com idades entre 16 e 24 anos estão entre os mais afetados por problemas de saúde mental. Luis González, CEO e cofundador da Vidalink, destaca a preocupação em apoiar as novas gerações que chegam ao mercado de trabalho. “A Geração Z é digitalmente nativa e, com isso, teve que crescer em uma realidade de  cyberbullying, abusos online e comparações potencializadoras de problemas de autoestima e ansiedade crônica. Além disso, são em grande parte conscientes das questões globais e possuem preocupações inerentes sobre o futuro. Tudo isso faz parte da construção de uma geração mais sensível ao tópico da saúde mental, embora não seja a única afetada”, declara Luis González. Nikolas Heine, médico psiquiatra e Coordenador de Psiquiatria da Caliandra Saúde Mental,  destaca o impacto da imprevisibilidade do mercado de trabalho na saúde mental dos jovens: “O impacto da automação e da IA no trabalho gera uma incerteza que dificulta para os jovens se estruturarem para o futuro. Isso, geralmente, resulta em sobrecarga emocional, manifestando-se em sintomas ansiosos, depressivos, impulsivos e psicossomáticos”. Para o psiquiatra, tanto a maior disponibilidade de profissionais capazes de fazer o diagnóstico quanto o modo como a geração Z foi criada são fatores que contribuem  para maior incidência de problemas de saúde mental. “Nossa cultura de parentalidade, focada no cuidado emocional, muitas vezes impede que os jovens experimentem frustrações durante o desenvolvimento, deixando-os menos preparados para lidar com elas na vida adulta. Isso faz com que cada vez mais jovens percebam sintomas emocionais como doenças. Além disso, hoje temos mais profissionais para realizar diagnósticos, o que não era comum em gerações anteriores”, complementa o Dr. As novas gerações demonstram maior aceitação e estão reduzindo os estigmas relacionados à saúde mental, reconhecem a importância de cuidar da mente   e estão mais dispostas a aderir  ao tratamento medicamentoso, quando necessário. O levantamento da Vidalink revela que o menor índice de uso dos medicamentos de saúde mental (14,8%) ocorre em colaboradores  com mais de 59 anos. “Em muitos casos, isso pode ser explicado pelo tabu ainda existente entre gerações mais velhas para falar de saúde mental”, diz González. Por outro lado, a compra dos antidepressivos  é maior nas faixas etárias da geração X e dos Millennials, entre colaboradores de 39 a 43 anos (19,8%), seguidos da faixa de 44 a 48 anos (16,5%). “Embora a geração Z seja mais ativa em assuntos de saúde mental, cada geração enfrenta seus próprios conjuntos de desafios sobre o tema, moldados por experiências de vida únicas, expectativas sociais e tecnológicas em evolução”, complementa o executivo. Segundo os especialistas, as demandas da geração Z, a busca por  equilíbrio entre vida pessoal e profissional, são grandes impulsionadores do conceito de bem-estar para o futuro do trabalho. “As gerações mais velhas costumam apresentar quadros psiquiátricos de transtornos adaptativos ou sobrecargas emocionais que geram estresse agudo, mas não procuram ajuda, pois consideram os sintomas uma reação normal. Pode-se dizer, então, que a popularização do debate sobre saúde mental pela geração Z reflete diretamente na desmistificação do tratamento para as demais gerações”, explica o Dr. Nikolas. A medicação, no entanto, não é o único fator para lidar com a saúde mental no ambiente de trabalho: “O apoio financeiro das empresas no subsídio de medicamentos para os colaboradores é fundamental a fim de garantir a continuidade do tratamento, mas é importante ter em mente a diferença que uma cultura faz na forma como esses profissionais se sentirão acolhidos. Um cenário de liderança tóxica pode agravar o quadro depressivo, por exemplo.”, alerta Luis González. Mudanças de rotina e comportamento como sono adequado, alimentação equilibrada, práticas de exercícios físicos, pausas durante o dia, acompanhamento psicológico, contato social e exposição regular ao sol são recomendadas pelo psiquiatra. “Os benefícios corporativos entram em cena para que esses trabalhadores tenham os insumos necessários para mudar o  estilo de vida e cuidar da saúde, juntamente com o subsídio de medicamentos”, esclarece González. “Todas essas medidas preventivas devem ser disseminadas em campanhas de conscientização nas empresas. No entanto, é importante reforçar que esses profissionais, principalmente a geração Z, geralmente mais autoconsciente sobre suas dores, precisam buscar um diagnóstico de um psiquiatra qualificado antes de confundir o cuidado com saúde mental com quadros de doenças mentais”, finaliza Dr. Nikolas Heine. Fonte: Mundo RH