O dia a dia da área de Recursos Humanos está cada vez mais desafiador, diante das rápidas e constantes transformações no mundo. A necessidade de adaptação às novas demandas, como o trabalho remoto, a diversidade de gerações, o bem-estar e a saúde mental dos colaboradores, somada à responsabilidade de alinhar os objetivos organizacionais às expectativas e necessidades de profissionais cada vez mais exigentes com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, faz com que a busca por estratégias inovadoras para atrair, engajar e reter talentos coloque pressão adicional sobre os profissionais de RH.
Um estudo global, realizado pelo instituto Gallup, constatou que 77% dos profissionais entrevistados apresentaram algum nível de desengajamento em relação ao trabalho; destes, 62% comparecem ao local de trabalho, entregam o mínimo necessário sem inspiração, e os demais 15% estão desengajados e buscam novas oportunidades ativamente. . A pesquisa indica que esse comportamento representa US$ 8,9 trilhões em perda de produtividade em todo o mundo.
Desengajamento nem sempre é falta de comprometimento
Nossa experiência no atendimento a colaboradores de empresas parceiras revela que o desengajamento, em muitos casos, não está necessariamente relacionado à falta de comprometimento.O profissional pode estar enfrentando esgotamento mental ou emocional que não foi devidamente identificado ou gerenciado. Isso pode ocorrer por falta de autopercepção, medo de julgamento ou questões organizacionais que afetam sua relação com o trabalho.
Em situações como essa, muitos sofrem em silêncio, o que pode agravar o problema e impactar negativamente seu desempenho, o relacionamento com a equipe e a qualidade das entregas. Alguns são demitidos antes mesmo de um adoecimento mental ser identificado.
De quem é a responsabilidade da saúde mental do colaborador?
Cada indivíduo deve ser responsável pelo cuidado com a própria saúde mental. No ambiente de trabalho, cabe à empresa oferecer um clima organizacional de apoio, respeito e acolhimento para que os profissionais possam desempenhar suas funções com tranquilidade, minimizando os sintomas que podem contribuir para o estresse, burnout e ansiedade, entre tantos outros desafios..
Essa responsabilidade compartilhada promove o bem-estar no trabalho, refletindo ao final de cada dia, redução do absenteísmo, melhor clima organizacional, aumento da produtividade, engajamento, inovação e criatividade.
4 boas práticas da empresa em prol da saúde mental da equipe
A conscientização sobre o real significado de saúde mental e bem-estar no trabalho é o primeiro passo para que os integrantes de uma companhia possam estar atentos aos próprios comportamentos e de quem estiver ao redor. Quatro boas práticas se mostram bastante úteis:
1. Compreender o bem-estar no trabalho como parte das estratégias do negócio
A saúde mental deve ser pauta recorrente nas reuniões estratégicas da alta liderança e dos gestores, nas ações da área de Recursos Humanos, na pesquisa de clima organizacional e nos exames médicos periódicos.
2. Considerar o apoio de um parceiro especializado em saúde mental
Contar com o apoio de um parceiro especializado em saúde mental faz toda a diferença na superação dos desafios relacionados ao bem-estar no trabalho. Além de oferecer consultoria sobre boas práticas para a área de Recursos Humanos, esse parceiro também atua como rede de apoio essencial para líderes e colaboradores que enfrentam sofrimento emocional. Ainda, em situações que podem evoluir para uma crise de saúde mental, os especialistas conseguem gerenciar as ações de maneira mais ágil e coordenada.
3. Letramento da liderança
Não são raros os casos em que colaboradores em sofrimento emocional buscam seus gestores diretos antes de procurar o apoio de um especialista. É fundamental que os líderes sejam letrados para desenvolver habilidades de comunicação empática, a fim de proporcionar um ambiente de confiança e acolhimento. Ao identificar os sinais: como mudanças de comportamento, diminuição da produtividade ou isolamento social, o papel do líder é o de oferecer apoio emocional, orientar e encaminhar o colaborador para um profissional especializado, garantindo que ele receba o tratamento adequado.
4. Investir na saúde mental de quem cuida
Algumas organizações preocupadas com a saúde mental de seus colaboradores investem massivamente em ações externas para os profissionais das camadas iniciais da pirâmide organizacional. No entanto, é fundamental lembrar da importância de cuidar também de quem cuida, ou seja, dos gestores e dos integrantes da equipe de RH. Assim como na analogia da máscara no avião, onde é necessário colocá-la em si mesmo antes de ajudar os outros, os líderes e a equipe de RH precisam zelar por sua própria saúde mental para, então, oferecer um apoio eficaz aos colaboradores.
A saúde mental no trabalho é uma responsabilidade, um dever e um direito de todos. É uma ação desafiadora que demanda bom senso, empatia, informação, detecção precoce, prontidão no atendimento e habilidade para gerir possíveis crises relacionadas ao problema.
A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda.