Maus hábitos de saúde dos funcionários podem custar caro às empresas

Os resultados de uma empresa dependem de sua parte mais vital: as pessoas. Quando a saúde mental ou física dos funcionários está em risco, a companhia também pode arcar com as consequências. De acordo com um levantamento feito pela healthtech Pipo Saúde com 3.494 colaboradores, em cargos de níveis e áreas variadas, quase 64% dos homens têm problemas com sobrepeso e 45,5% fazem um alto ou excessivo consumo de bebidas alcoólicas. “Isso tem impacto direto no colaborador, que acaba sendo menos produtivo no dia a dia, já que a obesidade e abuso de álcool estão relacionados a distúrbios do sono e doenças crônicas”, afirma Thiago Liguori, Chief Medical Officer da Pipo Saúde. Maus hábitos de saúde são caros para as companhias. As perdas anuais de produtividade relacionadas à saúde custam aos empregadores US$ 530 bilhões (R$ 2,9 trilhões), segundo uma pesquisa publicada na revista científica Journal of Occupational and Environmental Medicine. O objetivo do estudo era testar a hipótese de que empresas que se destacam pelo compromisso com a saúde, segurança e bem-estar de seus funcionários obtêm um desempenho superior no mercado. Os pesquisadores analisaram o desempenho real no mercado de ações de um fundo de investimento composto por empresas de capital aberto selecionadas com base em evidências que demonstram seu comprometimento com uma cultura de saúde. O resultado: o fundo superou o mercado em 2% ao ano, com um retorno sobre o patrimônio líquido ponderado de 264%, em comparação com o retorno de 243% do S&P 500 em um período de 10 anos. Os custos de problemas de saúde mental também são altos. No Reino Unido, foram 45 bilhões de euros (R$ 253,5 bilhões) no último ano, segundo relatório da Deloitte. Mas o contrário também é verdadeiro: pesquisas mostram que os esforços das empresas para promover uma cultura de saúde e bem-estar valem a pena. Uma força de trabalho saudável gera menos custos com saúde e maior produtividade. Além disso, muitos estudos ligam a saúde e o bem-estar dos funcionários a métricas de negócios. “Empresas que apoiam o bem-estar de seus colaboradores promovem equipes mais felizes e engajadas e, como resultado, observam aumento na produtividade, redução da rotatividade e menores custos de saúde”, diz Priscila Siqueira, líder do Wellhub (antigo Gympass) no Brasil. O impacto da falta de saúde nos profissionais Profissionais que não se cuidam, têm uma vida sedentária, são estressados, dormem e se alimentam mal ou abusam do álcool podem prejudicar o próprio desempenho no trabalho. De acordo com um levantamento da faculdade de medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos EUA, pessoas com transtorno grave de uso de álcool relatam faltar 32 dias de trabalho a cada ano por causa de doença, lesão ou outros motivos, mais do que o dobro do número de dias perdidos por profissionais que não abusam da bebida. O sedentarismo, por sua vez, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, entre outras consequências. “Imagine um colaborador que é peça-chave em um time tendo que se afastar do trabalho, possivelmente por meses, porque teve um infarto ou um AVC”, diz Arthur Guerra, professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental. Com efeitos a longo prazo, os hábitos afetam tanto o profissional quanto a empresa. De acordo com os especialistas, problemas de saúde podem impactar o desempenho no trabalho de diversas maneiras. Confira algumas: Absenteísmo (falta no trabalho)Presenteísmo (vai ao trabalho, mas com baixa produtividade)Maior rotatividadeRisco de acidentes no trabalhoProblemas de relacionamento com colegasComprometimento de metas do timeMenos energiaEstagnação de carreira Líderes nem sempre são bons exemplos Para Arthur Guerra, um dos principais desafios é que as médias e altas lideranças nem sempre são exemplos saudáveis para seus funcionários. “Quando a liderança esconde o problema, existem muitas chances de não dar certo”, diz. Segundo ele, a melhor maneira de ensinar é pelo exemplo. A negligência pode sair cara Empresas que escolhem negligenciar a saúde dos colaboradores podem sair perdendo nos resultados. Além da menor eficiência, as companhias podem ficar identificadas no mercado como lenientes em relação a questões de saúde e saúde mental e, até mesmo, perder talentos. “Os profissionais não vão querer trabalhar nem se identificar com uma empresa que nega problemas com seus funcionários”, explica Guerra. Prevenir é melhor do que remediar A prevenção pode ser a peça-chave para resolver essa situação nas empresas. Seja com benefícios de exercício, terapia e meditação, programas internos de ginástica laboral, workshops sobre alimentação saudável e até campanhas de conscientização, programas de bem-estar e saúde mental podem reduzir custos operacionais e melhorar a performance de funcionários. “Se a organização quer que a sua principal commodity, os recursos humanos, seja o seu maior bem, ela tem, sim, que investir em programas de prevenção”, afirma Arthur Guerra. Uma pesquisa da Wellhub aponta resultados positivos com a implementação de programas de bem-estar, segundo líderes de RH de todo o mundo. 93% afirmam que o custo de seus benefícios de saúde diminuiu como resultado de seu programa de bem-estar;95% observam que os funcionários tiram menos dias de licença médica como resultado de seu programa de bem-estar;93% afirmam que seu programa de bem-estar reduz a rotatividade. Fonte: Forbes
Os benefícios da corrida para a sua saúde mental

Não é preciso ser cientista nem médico para sentir os benefícios da corrida no corpo, na cabeça e na vida. Se você já corre, deve ter sentido uma sensação boa, de quase euforia, e ao mesmo tempo de relaxamento depois de um treino ou de uma prova. Já se sabe há um bom tempo que esse estado, conhecido como o “barato do corredor”, se deve em parte à explosão de endocanabinoides liberados durante o exercício. Endocanabioides são moléculas produzidas pelo corpo semelhantes aos canabinoides encontrados na maconha. Não por acaso nos sentimos felizes, relaxados. Mas o que eu quero falar aqui é sobre os benefícios da corrida para a nossa saúde mental. A primeira delas é bem óbvia, mas muito importante especialmente em grandes centros urbanos, em que existe mais dificuldade de conhecermos pessoas e onde as taxas de solidão são altas: a sociabilidade. Quase sempre, vemos pessoas correndo em grupos, inclusive “batendo um papo” (se o treino for leve, lógico). O esporte possibilita estarmos em contato com desconhecidos que têm algo em comum conosco. Eles rapidamente se tornam companheiros de treino e até amigos. A segunda diz respeito à construção de resiliência mental, algo que pode nos trazer boas repercussões no nosso dia a dia, especialmente para profissionais que passam longas horas fazendo trabalhos repetitivos, horas na frente de telas ou dedicam-se a funções que exigem foco por extensos períodos. A corrida feita de forma consistente não só ajuda a termos menor resposta ao estresse (sinal de resiliência), mostrou um estudo, como contribui para que domemos os demônios que costumam povoar os nossos pensamentos quando estamos fazendo uma atividade monótona. As passadas também nos ajudam a construir disciplina. Como especialista em saúde mental, posso dizer que poucas coisas são tão difíceis como construir e manter uma disciplina, porque esta não é uma competência inata, ou seja, não nascemos com ela. Com os treinos regulares, vamos aprendendo que há dias melhores do que outros, que às vezes nosso desempenho pode ser frustrante, mas que, se queremos seguir em frente, temos de nos manter consistentes. Ninguém corre a sua primeira prova de 5 ou 10 k, ou a sua primeira maratona, sem ter se mantido disciplinado. Assim também é na vida. Por fim, a corrida é uma ótima ferramenta para tratar problemas de saúde mental como depressão, dependências, TDAH, ansiedade, transtorno bipolar e até transtornos alimentares. Algo que vinha usando há mais de 20 anos com meus pacientes de forma empírica, e reunindo ótimos resultados, agora tem ganhado a comprovação da ciência. Nos últimos anos, cada vez mais estudos vêm comprovando isso: correr é um ótimo complemento para as terapias que buscam tratar essas condições, além de trazer a pessoas que convivem com esses transtornos e que muitas vezes são estigmatizadas algo essencial: autoestima e confiança. E você? Que tal calçar um tênis e iniciar neste esporte? Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental. Fonte: Forbes
O que a Olimpíada de Paris já está nos ensinando sobre saúde mental

Há 4 anos, na Olimpíada de Tóquio, vimos uma das maiores atletas da ginástica artística da atualidade, a americana Simone Biles, tomar a difícil decisão de não continuar na disputa porque queria um tempo só para ela, para cuidar de sua saúde mental. De lá para cá muita coisa parece ter mudado. Temos testemunhado um grande número de profissionais do esporte – inclusive técnicos – vindo a público para falar de suas questões de saúde mental, que vão de depressões e ansiedades mais ou menos graves a síndromes do pânico. Agora, às vésperas do início de mais uma Olimpíada, a de Paris, no próximo dia 26, o Comitê Olímpico anunciou algumas semanas atrás que a vila olímpica vai incluir instalações para as famílias dos atletas. Em Tóquio, familiares, amigos e até patrocinadores estavam proibidos de entrar na vila. Sozinhos com seus demônios mentais, eles não podiam contar com as redes de apoio mais importantes que há no caso de algo não ir bem: a família e os amigos. Ao contrário do que o próprio Comitê pregava, comprovou-se que, por exemplo, separar atletas mães de seus filhos (e eles delas) durante o período de competição não é a melhor solução para a saúde mental, assim como separar esses profissionais de seus pais, mães e parceiros/parceiras. A questão da saúde mental entre atletas não é nenhuma novidade, mas, assim como boa parte de nós faz – inclusive no ambiente corporativo -, o problema sempre foi jogado (me desculpem o trocadilho) para debaixo do tapete. Existia – e ainda existe (porque a questão não foi sanada com essas novas decisões) – estigma em relação ao tema saúde mental. Por que profissionais do esporte, que sofrem tremenda pressão por resultados de seus patrocinadores e deles mesmos, não se sentiriam iguais a um profissional qualquer que se dedicou a vida toda e hoje é pressionado pela empresa na qual trabalha a entregar metas muitas vezes difíceis de serem alcançadas? Por que eles não teriam burnout, ansiedades diversas e depressão, abusariam do álcool como os demais trabalhadores? Observando desde outra perspectiva, assim como os esportistas só chegam a uma Olimpíada se conseguirem o índice para a sua prova, altas lideranças só alcançam a posição porque, digamos assim, também conseguiram demonstrar terem alcançado um índice profissional, de competência e de resultados. Por que elas, ao assumirem o novo cargo, não carregariam o fardo da expectativa da obrigação de serem bem-sucedidas, algo que já se mostrou ser extremamente debilitante tanto quanto é para os atletas olímpicos? Por que estilos de treinamento opressivos, que procuram enquadrar o atleta em regras que muitas vezes se assemelham ao bullying moral e vão minando a saúde mental desses profissionais não são parecidos com os que encontramos em algumas organizações, com o mesmo impacto negativo sobre os colaboradores que ali trabalham? Se é algo que a Olimpíada de Tóquio nos ensinou é os atletas precisam falar mais, dar mais voz ao sofrimento deles, buscar ajuda. Pois só assim as mudanças começam a acontecer, como já estamos vendo em Paris. Por que não deveríamos fazer o mesmo? Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental. Fonte: Forbes
Brasil enfrenta desafios na saúde mental: urgência em ambientes de trabalho

Especialistas alertam para a necessidade de ações efetivas nas empresas para melhorar o bem-estar mental dos colaboradores O Brasil se posiciona alarmantemente como o quarto país com os piores índices de saúde mental globalmente, segundo o recente estudo “The Mental State of the World” da Sapien Labs. Este levantamento, que envolveu mais de 500 mil pessoas em 71 países, revelou uma pontuação preocupante de 53 em uma escala de até 110 para o Brasil. Especialistas apontam para a necessidade urgente de endereçar essa questão crítica, especialmente no ambiente de trabalho. Um relatório da Vidalink, uma empresa que oferece planos de bem-estar corporativo, destaca a importância de programas de bem-estar ajustados às necessidades individuais dos colaboradores. Seus dados revelam que 63,1% dos profissionais brasileiros relatam sentir ansiedade ou angústia na maior parte dos dias, com quase 30% admitindo não tomar nenhuma ação para melhorar sua saúde mental. Adicionalmente, o primeiro semestre de 2023 registrou um aumento de 37% no uso de antidepressivos em comparação com o mesmo período do ano anterior, indicando um crescimento tanto no diagnóstico quanto no suporte a tratamentos de saúde mental nas empresas. Especialistas como Luis González, CEO da Vidalink, Nikolas Heine, médico psiquiatra, e Patrícia Pousa, Doutora em Mundo do Trabalho e Saúde Mental, enfatizam a importância do cuidado com a saúde mental no contexto corporativo. Argumentam que não se pode dissociar produtividade de bem-estar e destacam que empresas que valorizam a saúde mental dos funcionários não apenas cultivam um ambiente de trabalho positivo, mas também promovem lealdade e diminuem a rotatividade de pessoal. Os impactos da saúde mental no trabalho incluem desde a prevenção de doenças ocupacionais, como o burnout, até a promoção de uma liderança acolhedora que apoia o bem-estar contínuo dos colaboradores. Reconhecer os sinais de problemas de saúde mental é essencial, incluindo mudanças de humor, perda de interesse em atividades prazerosas, problemas de concentração, ansiedade prolongada, entre outros. Para enfrentar esses desafios, os especialistas propõem uma série de práticas visando a melhoria da saúde mental, como a promoção de exercícios físicos, nutrição equilibrada, qualidade do sono, mindfulness e meditação, conexões sociais fortes, hobbies e atividades de lazer, desenvolvimento pessoal e, quando necessário, tratamento medicamentoso adequado. A inclusão dessas práticas no dia a dia dos colaboradores, juntamente com o apoio das empresas, pode levar a um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Esse compromisso com o bem-estar não apenas beneficia os funcionários individualmente, mas também oferece vantagens competitivas para as empresas, incluindo maior engajamento, produtividade e retenção de talentos, além de fortalecer a marca empregadora no mercado. O Brasil, enfrentando uma das piores crises de saúde mental, necessita de uma atuação conjunta entre empresas, profissionais de saúde e políticas públicas, visando criar ambientes de trabalho que não apenas reconheçam, mas também atuem proativamente na promoção da saúde mental dos colaboradores. Este esforço conjunto pode ser um marco significativo na mudança de paradigmas sobre o bem-estar no trabalho, sinalizando um futuro mais saudável e equilibrado para o mercado de trabalho brasileiro. Fonte: Mundo RH
Burnon vem antes do burnout e dá sinais de alerta; veja como identificar

Nos últimos anos, a rotina da publicitária Adriana*, 37, podia ser resumida da seguinte forma: ela trabalhava cerca de 12 horas por dia, vivia cansada, não dormia o suficiente para se recuperar e abusava do consumo de cafeína. Apesar da exaustão, ela sentia uma euforia anormal para cumprir metas e avançar na carreira. Por um tempo, funcionou. Adriana progredia na empresa e acreditava que estava gerenciando tudo. Até que, “de repente”, o esgotamento surgiu, impossibilitando-a de seguir nesse ritmo frenético. É claro que o colapso não é algo que ocorre da noite para o dia. Depois de semanas, meses ou até anos de esforço excessivo no trabalho, a pessoa pode atingir o ponto de ruptura físico e mental conhecido como esgotamento. No entanto, embora muito tenha sido falado sobre o burnout, a fase de esgotamento em si, pouco se fala sobre a fase que vem antes: o burnon. Esse termo foi criado por pesquisadores alemães (Timo Schiele e Bert te Wildt) para descrever o estado de pessoas com níveis elevados de estresse, já capaz de trazer prejuízos para rotina, bem-estar e saúde mental, mas no qual o indivíduo consegue manter um certo nível de eficácia. No burnon, as pessoas trabalham e seguem suas vidas como se tudo estivesse normal, embora se sintam frequentemente exaustas. Os indivíduos permanecem funcionais e podem ter dificuldade para perceber que já se encontram diante de um estado que precisa ser remediado para evitar o colapso. Como identificar De acordo com Camila Magalhães, doutora em psiquiatria pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), embora ainda não exista um debruçar científico para esse tema, entende-se o burnon como um mecanismo de estresse relacionado ao trabalho com sintomas semelhantes aos de burnout. Ela explica que, geralmente, por conta da “compulsão em trabalho”, o paciente revela um sentimento de exaustão física e mental crônica, redução do prazer nas atividades fora do ambiente corporativo, desconexão emocional e persistência de sintomas físicos, como tensão muscular e dores de cabeça constantes. “Ao meu ver, a relação disfuncional do sujeito com seu trabalho tem múltiplos fatores causais: aspectos pertinentes ao indivíduo (personalidade, desejos, necessidades), precariedade nas relações e condições de trabalho, falta de políticas de saúde mental nas empresas, assim como aspectos da cultura neoliberal pautada no individualismo, desempenho e competitividade em um contexto de indefinições e crises de diversas naturezas (politica, econômica e socioambiental). Todo esse ecossistema gera sofrimento”, avalia Magalhães. Além disso, segundo ela, no burnon o sujeito também parece se identificar com a antiga máxima do “trabalha que passa”, “o trabalho dignifica o homem”, entre outras formas de domínio do sujeito para vinculá-lo ainda mais à produtividade. O que fazer para evitar Conseguir estabelecer limites saudáveis em relação ao trabalho é um fator importante de prevenção. Outras estratégias incluem investir no autocuidado, ter momentos de qualidade com amigos e familiares e respeitar e priorizar o descanso e a desconexão. Para Cleyson Monteiro, psicólogo e professor do curso de psicologia da Uninassau, é essencial reservar tempo para atividades que proporcionem prazer e satisfação pessoal. “Um grande problema da sociedade contemporânea é a falta de tempo dedicado a si mesmo. Muitas vezes, as pessoas priorizam o tempo para os outros —filhos, trabalho, cônjuge—, mas negligenciam a si mesmas”, ressalta ele. Além disso, vale sempre buscar ajuda de profissionais especializados em saúde mental para evitar que a situação se agrave. Responsabilidade das empresas Segundo Thaís Gameiro, neurocientista pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e sócia da consultoria Nêmesis, investir numa cultura que prioriza a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores é uma das melhores formas de protegê-los do adoecimento associado ao estresse. “As empresas podem fazer isso de muitas formas, por exemplo: capacitar líderes para terem práticas de gestão anti-burnout, desenvolver os colaboradores para que aprimorem suas habilidades de autogestão, priorização e gestão do tempo, incentivar rotinas e acordos que respeitem o equilíbrio de vida, evitar a cultura da urgência e da conexão 24 horas, estimular pilares como segurança psicológica, confiança e colaboração entre os times etc.”, enumera Gameiro. Para a especialista, de maneira geral, as empresas precisam apostar em ações e práticas preventivas, ou seja, que evitem o adoecimento das pessoas. “Oferecer suporte emocional e psicoterapêutico também é uma ação importante, no entanto, muitas vezes isso acontece apenas quando os profissionais já estão doentes”, afirma. Fonte: Viva Bem – UOL
Executivos brasileiros se alimentam mal e são estressados, aponta pesquisa

Pesquisa da operadora de saúde Omint avaliou as condições de saúde de 15 mil executivos que ocupam cargos de média gerência e alto escalão. O estudo revelou que 95,5% não possuem uma alimentação adequada, o que faz com que 38,6% estejam acima do peso. Além disso, 44% são sedentários e 31,7% possuem um nível de estresse elevado. Já a ansiedade teve um aumento de 24%, quando comparada com um estudo anterior, realizado em 2019. O último mapeamento global de transtornos mentais divulgado em 2022 pela OMS (Organização Mundial de Saúde) revelou que o Brasil possui a população mais ansiosa do mundo. De acordo com relatório da Associação Internacional do Controle do Estresse (ISMS), 90% da população mundial foi diagnosticada com estresse. No Brasil, além do estresse, ansiedade e depressão, segundo um estudo da Fiocruz, 72% da população sofre de insônia. De acordo com a Dra. Camila Magalhães, psiquiatra e cofundadora da Caliandra Saúde Mental, isso pode estar relacionado ao estilo de vida das pessoas, especialmente no universo corporativo, onde muitos vivenciam uma rotina exaustiva de trabalho e não conseguem priorizar os cuidados com a saúde física e principalmente a saúde mental. “O excesso de demandas, reuniões, prazos apertados e a pressão cada vez mais assídua por resultados, com o tempo impacta drasticamente a qualidade de vida e a saúde emocional de qualquer colaborador ou líder de uma empresa. É preciso buscar o equilíbrio e dividir as tarefas e momentos do dia. Por exemplo: aos finais de semana é aconselhável evitar assuntos relacionados ao trabalho, a menos que seja uma situação de real urgência”, explica a especialista. Cuidado com a saúde mental nas empresas é essencial Para as empresas, é necessário compreender as características de cada colaborador para direcionar o mapeamento das necessidades e práticas de saúde mental. Nessa jornada de promover bem-estar emocional no ambiente organizacional, é essencial preparar e articular uma rede de apoio entre profissionais de Recursos Humanos, líderes e colaboradores. “A saúde mental da equipe se tornou prioridade em empresas que desejam manter a produtividade e competitividade do negócio. Este, sem dúvida, é um tema que precisa ser abordado nas reuniões estratégicas dos líderes, nas ações da área de Recursos Humanos, na pesquisa de clima organizacional e, inclusive, nos exames médicos periódicos”, finaliza a psiquiatra. Fonte: Isto é Dinheiro
Sintomas de burnout: como evoluem e quais podem indicar esgotamento

A combinação de falta de motivação com a sensação de exaustão constante nem sempre é sinônimo de uma “fase ruim” no trabalho. Na verdade, essa é a fórmula básica da chamada síndrome de burnout. Essa condição, cada vez mais comum nos dias de hoje, afeta a saúde física e mental de muitos trabalhadores, especialmente aqueles que estão expostos a altos níveis de estresse profissional. A síndrome é derivada exclusivamente da sobrecarga de uma rotina e cultura de trabalho disfuncional, ou seja, que coloca em risco a qualidade de vida e bem-estar do indivíduo ativo profissionalmente. Muito além de um quadro de estresse e cansaço excessivo, esse problema se manifesta por meio de uma série de sintomas, que podem variar de pessoa para pessoa. Não à toa o diagnóstico é complexo, feito de forma minuciosa por um profissional especializado na área de saúde mental, como médico psiquiatra e/ou psicólogo clínico. Principais sintomas de burnoutPor ser classificado como uma síndrome, o burnout é, na verdade, um conjunto de sinais e sintomas relacionados ao estresse crônico no contexto profissional. Portanto, é possível que a pessoa sinta esses efeitos em diversas esferas de sua vida. Entre os principais sintomas de burnout estão: Sintomas físicos Sintomas cognitivos Sintomas comportamentais Sintomas emocionais No lado psicológico, há também a possibilidade de despersonalização, ou seja, a pessoa passa a desenvolver atitudes e sentimentos resultantes de pensamentos negativos recorrentes em relação ao trabalho, colegas de trabalho e clientes. Isso faz com que haja a manifestação de cinismo, sarcasmo e distanciamento emocional. Primeiros sintomas de burnoutGeralmente, as pessoas que são acometidas pelo burnout pensam que estão apenas cansadas ou que enfrentam um mal-estar passageiro. Além disso, na maioria dos casos, os sintomas aparecem de forma lenta e gradual, evoluindo com o passar do tempo. Outro ponto é que o início do burnout pode ser diferente para cada indivíduo, pois irá depender de aspectos biológicos, psicológicos, sociais e emocionais. Mesmo assim, alguns sintomas comuns que costumam ser associados ao quadro inicial incluem: Como o burnout evolui? O desenvolvimento do burnout, em geral, passa por vários estágios: Estágio 1, quando ainda não há o burnout, são observados sinais de riscos associados à síndrome, mas sem prejuízos à saúde. Nesta etapa, ainda há satisfação no trabalho, aceitação das responsabilidades, níveis de energia sustentados e compromisso com as atividades profissionais. Porém, pode haver sinais de compulsão para provar a si mesmo sua capacidade e altos níveis de produtividade. Estágio 2, outros sinais começam a aparecer, com queda na produtividade e consequências negativas para a saúde. Entre eles, é possível observar redução da qualidade do sono, dor de cabeça, dificuldade de concentração, irritabilidade, ansiedade e falta de interação social. Estágios 3 e 4: os sinais progressivamente se intensificam. Então, a pessoa começa a sentir cansaço persistente, tem o sono muito prejudicado, sofre com dores crônicas e passa a ter mudanças de comportamento e humor, além de ter sentimento de ameaça e pressão. Estágio 5: com sinais claros de estresse crônico relacionados ao trabalho, o quadro engloba tristeza crônica, fadiga mental, esgotamento físico e distanciamento do trabalho (com negativismo ou cinismo), já com a produtividade também prejudicada. Burnout pode ser confundido com outras doenças?Por afetar diversos aspectos da saúde física e mental do indivíduo, o burnout pode ser confundido com diversas doenças e condições. Na verdade, de acordo com, a síndrome deve ser identificada por meio de um diagnóstico de exclusão, ou seja, após cuidadosa avaliação e exclusão de outras causas que possam ser responsáveis pelos sintomas que a pessoa está apresentando. Os principais quadros que podem se parecer com o burnout são, principalmente, os transtornos de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e transtornos de adaptação. É importante também garantir que não há comorbidades físicas precedentes que possam influenciar nos sintomas, como no caso de gastrite, dermatites, hipertensão e hipotireoidismo, entre outras). Ao investigar o quadro, o especialista também busca saber se não há um problema existente importante na vida pessoal daquela pessoa – e que pode estar gerando um grande estresse emocional. Por isso, uma avaliação detalhada e o diagnóstico correto são fundamentais, tendo em vista que a depender do quadro diagnosticado os tratamentos e intervenções serão diferentes. Qual é a diferença entre estresse e burnout? O estresse nada mais é que uma resposta natural do organismo diante de situações percebidas como perigosas ou ameaçadoras. É um mecanismo que coloca o ser humano em estado de alerta, preparando-o física e mentalmente para lidar com desafios ou adversidades. Isso pode acontecer tanto na vida pessoal quanto profissional e, geralmente, as situações de estresse agudas são superadas com momentos de descanso, férias ou quando o problema é solucionado. Já o burnout é algo mais crônico e intenso, e envolve especificamente a vida profissional. Caso não seja tratado, pode desencadear outros sintomas psicológicos, impactando, assim, a vida pessoal. Caso não seja tratado, pode desencadear outros sintomas psicológicos, impactando, assim, a vida pessoal também. Quando é preciso buscar ajuda? Qualquer pessoa que esteja enfrentando sinais persistentes de exaustão emocional e desmotivação no trabalho deve se preocupar com a possibilidade de burnout. Se você notar uma deterioração constante em seu bem-estar mental e físico, é importante consultar um especialista em saúde mental. Fonte: Viva Bem – UOL
Velho normal? Por que empresas estão voltando ao modelo presencial de trabalho

O trabalho remoto – forçado pela pandemia de Covid-19 – foi decretado como o “novo normal” do mundo corporativo após o pico da crise sanitária. A aposta no modelo de trabalho era tamanha, que algumas empresas chegaram a anunciar o fim de seus escritórios. Com trabalhadores montando seu escritório em casa, preços de itens como notebooks e mesa inflacionaram. Empresas criaram até benefícios para ajudar a custear o que ficou conhecido no Brasil como home office. Mas o tempo mostra que o movimento perdeu força no mercado de trabalho. Cada vez mais empresas estão retomando o trabalho presencial em seus escritórios, ainda que, segundo especialistas, a flexibilização no modelo de trabalho seja uma tendência irreversível, que está passando por um momento de adaptação. Nos últimos seis meses, grandes empresas, como Google, Salesforce e Amazon adotaram políticas de retorno ao modelo presencial. O Zoom, plataforma de reuniões online se destacou durante a pandemia e redefiniu o trabalho remoto, anunciou em julho que os funcionários que moram perto de um escritório “precisam estar no local dois dias por semana” porque é “mais eficaz” para o serviço de videoconferência. Segundo o LinkedIn Economic Graph, se em fevereiro de 2022, no Brasil, 40% das vagas anunciadas na plataforma mencionavam a possibilidade de trabalhar remotamente, esse percentual caiu a 25% um ano depois. No mundo, a mesma tendência também é percebida. A proporção de vagas para trabalho remoto no Brasil está à frente de países como Estados Unidos (12,21%), Índia (21,91%), Espanha (16,63%) e Reino Unido (10,62%), de acordo com dados de fevereiro de 2023. A busca pela melhora na produtividade tem sido o principal argumento das companhias na decisão de retornar ao trabalho no escritório. Um estudo da Universidade de Stanford, publicado em julho de 2023, concluiu que o trabalho remoto pode reduzir a produtividade do trabalho de 10% a 20%, comparado com um trabalhador que está presencialmente 100% do tempo. Maria Eduarda Silveira, headhunter especializada em Liderança, explica que as empresas estão lutando para manter os níveis de rendimento em um momento econômico que se apresenta muito desafiador. “Quando vivemos em um cenário desafiador, é natural que algumas empresas pensem que trazer seus funcionários para dentro do escritório é uma medida que vai trazer o equilibro de forma mais rápida”, avalia. Uma questão importante de compreender, segundo Maria Eduarda, é se a volta do presencial acontece por uma falsa sensação de controle que as companhias querem ter, ou porque o presencial realmente faz mais sentido para a estratégia de negócio. A especialista pontua que a gestão de desempenho ainda não é uma política bem estruturada dentro das empresas no país, e que precisa ser melhor elaborada pelas lideranças, seja no modelo presencial ou no remoto, mas existe uma dificuldade maior de liderar no modelo home office. “Podemos ser mais criativos e buscar resolver problemas novos com soluções que ainda não existem. Estamos aprendendo a fazer isso”, avalia a especialista. Revisão do sistema Cristina Goldschmidt, professora da FGV e especialista em Liderança e Gestão, sugere que as pesquisas sobre produtividade e modelo de trabalho precisam ser avaliadas qualitativamente a cada caso, e não quantitativamente. “Precisamos medir o impacto de cada modelo considerando o valor agregado de cada um no resultado produtivo. É importante entender os benefícios que o modelo remoto traz em cada tipo de trabalho.” A professora avalia que existe uma mão de obra mais operacional que precisa de supervisão constante, e o trabalho remoto pode comprometer a produtividade desses trabalhos. O mesmo funciona com a nova geração de trabalhadores, que no modelo presencial podem ser capacitados mais rapidamente. Segundo o estudo de Stanford, os desafios de comunicação, a dificuldade de atuar em níveis mais criativos e a queda na produtividade são os principais desafios de um trabalho 100% remoto. Por outro lado, esse modelo também reduz os custos para as empresas, como o aluguel do espaço físico. O trabalho híbrido, por sua vez, pode ter leves efeitos positivos na produtividade, conforme conclui a pesquisa da universidade americana. Isso porque esse formato poupa cerca de duas ou três horas por semana devido a menos deslocamentos, e também deixa os funcionários mais produtivos nos seus dias em casa devido a menos distrações e a condições de trabalho mais tranquilas. Erica Siu, CEO da Caliandra Saúde Mental, ressalta que ambos os modelos, presencial e remoto, têm benefícios e desafios, mas que independentemente da empresa ou modelo, é fundamental que exista um olhar para a saúde mental. “Precisamos construir ambientes de trabalho para as pessoas terem segurança psicológica, e às vezes a rotina diária dificulta estar presencial todos os dias. Lembrando que trabalho exige uma disciplina e concentração”, pontua. A especialista destaca a importância de a empresa comunicar sobre as eventuais mudanças de modelo de trabalho, e priorizar a saúde dos trabalhadores, pensando nessas transições com cuidado. Cristina Goldschmidt afirma que será necessário refletir sobre os efeitos dessa decisão pouco pensada por parte das empresas de forçar um retorno presencial. “Depois que percebemos os efeitos dessas decisões extremas, podemos ver as empresas voltando atrás”, avaliou Cristina. Maria Eduarda Silveira concorda que refletir sobre isso precisa estar na agenda da gestão das empresas. Empresas que forem 100% regidas no presencial tendem a sofrer mais em relação a contratação e retenção de talentos, explica a especialista. “Não tem uma receita de bolo, o futuro do trabalho está sendo construído”, pontua. Fonte: CNN Brasil
Especialista alerta para sete sinais preocupantes para a saúde mental no trabalho

Atualmente, questões de saúde mental são desafios cada vez maiores para as companhias, que tem dificuldade para identificar se o funcionário não está rendendo por conta desse tipo de questão. Uma pesquisa realizada pela Psychiatry Research Communications com 5 mil trabalhadores alemães apontou que 65,5% têm vergonha de falar sobre questões referentes à saúde mental e 54,1% disseram que preferem trabalhar sem expor essas dificuldades para colegas ou superiores. “O medo de ser avaliado negativamente por demandas de saúde mental, a perspectiva de ficar desempregado por causa disso, o estresse financeiro, a lealdade à empresa e a insegurança devido ao cenário econômico têm contribuído para que muitas pessoas cheguem ao trabalho doente”, explicou o psiquiatra e fundador da Caliandra Saúde Mental, Arthur Guerra. Ele dá sete dicas para identificar indícios de que aquele funcionário está sofrendo com questões mentais: “É possível através desses indicadores estruturar ações que permitam compreender o estado emocional geral do time, assim como viabilizar acesso aos serviços de saúde mental que possibilitem intervenções para mitigar o desenvolvimento destes sentimentos que ameaçam a saúde mental e a produtividade dos colaboradores”, apontou Guerra. Fonte: Isto é Dinheiro
Por que calcular o ROI de saúde mental nas empresas?

Um problema de saúde mental envolve diversos sintomas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 94% das pessoas com sofrimento mental apresentam falhas na memória, falta de atenção e desinteresse em decisões e planejamentos. Como sabemos, isso afeta a rotina pessoal e as atividades do trabalho, impactando a produtividade dos colaboradores e, consequentemente, os ganhos da companhia. Um estudo divulgado pela ISMA-BR (International Stress Management Association) revelou que, no Brasil, nos últimos dez anos, o estresse e outros sintomas de esgotamento emocional foram responsáveis por um aumento de 140% nos gastos trabalhistas. Além dos custos diretos, como os cuidados em saúde (incluindo benefícios psicológicos e medicamentos) e afastamentos, é preciso lembrar dos indiretos: as faltas ao trabalho, o presenteísmo e a rotatividade de colaboradores. Principalmente quando há afastamentos longos, em especial de casos graves, a empresa precisa substituir aquele funcionário ou a equipe ficará sobrecarregada. Tudo isso gera tempo e esforço, não é mesmo? Diante deste cenário, muitas organizações acreditam que a situação é inevitável. Porém, como psiquiatra e cofundador de uma empresa de saúde mental, posso dizer que é possível reduzir e, até mesmo, evitar esses gastos trabalhistas negativos e, sem dúvidas, exaustivos tanto para a liderança quanto para os colaboradores. Sabem como? Por meio de protocolos, estratégias e programas de saúde mental dentro das empresas. Ah, e isso não é luxo, é necessidade! E por isso, deve ser incluída no orçamento das empresas. O mais incrível é que, além de promover um ambiente corporativo mentalmente saudável, o investimento em programas de saúde mental pode gerar um retorno muito positivo financeiramente. Isso é nítido, mas também demonstrado em uma pesquisa da Harvard Business Review, que apontou que o ROI (retorno sobre o investimento) da saúde mental dentro das empresas é de R$ 3,68 para toda a equipe e de R$ 6,30 para os gestores. Isso significa que, para cada R$ 1,00 investido nesses programas, a empresa pode obter um retorno financeiro de R$ 3,68. No entanto, quero destacar que o ROI não deve ser o principal ponto analisado em um programa de saúde mental, apesar de ser um indicador muito potente. As empresas precisam ter como prioridade o bem-estar de toda a equipe, incluindo a liderança. E, então, colherão resultados financeiros. A orientação é que os problemas de saúde mental devem ser detectados precocemente e não serem normalizados. O treinamento das lideranças para identificar, acolher e orientar as equipes, a prontidão no cuidado e a gestão das crises são fundamentais para a construção e manutenção de um ambiente mentalmente saudável. Com isso, quero destacar que todas as ações que uma empresa planeja executar para ajudar um colaborador com sofrimento emocional precisam ser realizadas em conjunto com uma equipe de profissionais especializados, como psiquiatras e psicólogos. Junto com ao time empresarial, estes profissionais poderão analisar quais ações são mais urgentes ou indicadas para promover um ambiente mentalmente saudável, sempre garantindo a confidencialidade de cada caso, é claro. Finalizo declarando que os cuidados com a saúde mental não devem ser só uma etapa, mas uma prática diária. O verdadeiro sucesso é ser feliz e estar bem consigo mesmo em primeiro lugar. Só assim seremos mais saudáveis para nós, para o próximo e em todos os lugares em que estivermos. Arthur Guerra é psiquiatra e cofundador da Caliandra Saúde Mental Fonte: Valor Econômico – Carreira