O crescimento, a inovação e a sustentabilidade de uma organização são fatores diretamente influenciados pela qualidade da saúde mental de seus colaboradores e, consequentemente, seu bem-estar no trabalho.
Profissionais que desfrutam de bem-estar emocional tendem a realizar suas atividades laborais com foco, colaboração e motivação. Dessa forma, a entrega para a empresa é mais do que o tempo do colaborador.
Atualmente (e felizmente!), estamos mais conscientes das questões de bem-estar no trabalho e atentos à necessidade do constante cuidado com a saúde física e mental. Conforme um estudo da consultoria de recrutamento Michael Page, 56% dos brasileiros entrevistados afirmam “estarem dispostos a rejeitar uma promoção se acreditarem que as novas responsabilidades terão um efeito negativo em seu bem-estar”.
Equílibrio entre vida pessoal e profissional
Na mesma pesquisa, quando questionados sobre “quais fatores têm mais poder para influenciar a satisfação no trabalho”, 52% dos brasileiros destacam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Vale ressaltar que esse fator aparece à frente de salários competitivos (opção citada por 43% dos entrevistados) e progressão na carreira (33%). Anteriormente, uma escala de prioridade como essa não era considerada, tendo em vista que sentimentos e emoções não tinham espaço no ambiente corporativo.
Não há mais dúvidas que o bem-estar emocional tem impacto significativo no dia a dia da empresa, nas relações corporativas e nos resultados do negócio. Um time emocionalmente saudável favorece um ambiente de trabalho positivo, produtivo e sustentável, o que eleva o valor da organização.
Nós somos responsáveis
Claro, cada um de nós deve ser responsável pelo cuidado com sua própria saúde mental. Mas, considerando o ambiente de trabalho, é dever da empresa compartilhar essa responsabilidade a partir de programas de promoção de saúde mental condizentes com sua cultura e seu negócio.
A demanda é por uma jornada consistente e contínua de prevenção, diagnóstico e tratamento. Desde a atuação transversal de profissionais de saúde ocupacional junto às equipes, passando pela identificação e conexão de pessoas com sofrimento emocional aos serviços de saúde mental. Bem como até o letramento da liderança e das equipes para aumentar o conhecimento sobre o tema e diminuir as barreiras para os cuidados.
As moedas de troca do bem-estar no trabalho equivalem, na verdade, a um investimento com retorno. A saúde mental dos colaboradores se traduz em produtividade, retenção de talentos e um ambiente de trabalho mais sustentável e positivo.
De nada adiantam salários atraentes, bônus generosos ou promoções se a pressão e o estresse levarem o time à exaustão. Trocar o bem-estar por resultados imediatos funciona apenas por um curto prazo. Logo, a conta chega e os juros da exaustão podem ser altíssimos. Priorizar a saúde mental é investir em um futuro próspero e sustentável para a empresa, o colaborador e a sociedade.
Fonte: RH Pra Você