Autocuidado no ambiente de trabalho é essencial para a saúde física e mental

Estratégias práticas para implementar o autocuidado no ambiente de trabalho. Por Dr. Arthur Guerra, psiquiatra e cofundador da Caliandra Saúde Mental, empresa especializada em saúde mental e treinamento de lideranças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a saúde mental é um estado de bem-estar que permite ao indivíduo desenvolver suas habilidades, lidar com o estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com as pessoas ao seu redor. Nos últimos anos, o diálogo acerca da saúde mental tem ganhado destaque nas discussões sobre bem-estar, incluindo o ambiente corporativo. No contexto das iniciativas de apoio e promoção de saúde mental nas empresas, ressalto a importância do autocuidado para a saúde integral, que abrange tanto a saúde mental quanto a física. Um dos principais desafios ao autocuidado no trabalho é o ritmo acelerado da vida moderna, que faz com que tudo pareça urgente. A prática de multitarefas, frequentemente confundida com produtividade, traz desafios significativos, especialmente no que diz respeito à organização do tempo entre trabalho, tarefas obrigatórias, como o trânsito, e o descanso. Nesse cenário, o autocuidado algumas vezes é negligenciado ou facilmente deixado em segundo plano. Com essa correria do dia a dia, também não é raro que as pessoas deixem de priorizar as refeições. O que parece ser uma solução rápida nem sempre é saudável. Além disso, em momentos de estresse, consumir alimentos ricos em açúcar ou bebidas alcoólicas como uma “válvula de escape” pode resultar em consequências negativas para a saúde. Assim, é necessário refletir sobre a relação entre o comportamento alimentar e a saúde mental. Priorizar uma alimentação consciente e equilibrada não apenas nutre o corpo, mas também promove o bem-estar psicológico. Além dos aspectos físicos, o estresse pode intensificar sintomas como ansiedade e afetar o sono. Nessa realidade, a cultura organizacional e os relacionamentos interpessoais desempenham papéis cruciais: a falta de colaboração no ambiente de trabalho potencializa pressões diárias e pode agravar o desgaste emocional e comprometer ainda mais o bem-estar do indivíduo. Autocuidado na prática Estabelecer uma rotina de autocuidado pode ser desafiador, especialmente quando enfrentamos uma jornada de trabalho exaustiva e inúmeras demandas. No entanto, isso não deve nos impedir de abordar essa questão com atenção e determinação. Isso não significa que mudanças precisam ocorrer da noite para o dia; ao contrário, definir pequenas metas e, progressivamente, estabelecer uma rotina de autocuidado integrada ao cotidiano é uma das maneiras mais eficazes de adotar um estilo de vida mais saudável. Para cultivar essa rotina no ambiente de trabalho, apresento algumas sugestões práticas: Por fim, é importante destacar que para vivermos mais e melhor, não podemos negligenciar os cuidados com a saúde, tanto física quanto mental. Esse cuidado precisa ser um compromisso de todos nós. Lembre-se: pequenos gestos de autocuidado podem gerar grandes transformações. Experimente! Fonte: Mundo RH
Aumento no uso de antidepressivos em 2024

O uso de antidepressivos por profissionais brasileiros cresceu 12% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, de acordo com levantamento da Vidalink. O mapeamento mostra que o grupo que mais tem feito uso desse tipo de medicamento é composto por pessoas com idades entre 39 e 48 anos. A prescrição desse tipo de medicamento requer uma avaliação completa do paciente, considerando os sintomas e duração, bem como o grau de prejuízo, possíveis comorbidades, o perfil emocional e as expectativas em relação ao tratamento. Tal diagnóstico deve ser realizado por um profissional da saúde mental, um médico psiquiatra. Vale lembrar que o medicamento não é o único ponto para o tratamento; é preciso também uma rede apoio (familiares, amigos, colegas de trabalho). Impacto do uso de medicamentos para saúde mental no ambiente de trabalho Os medicamentos são uma parte importante do tratamento para pessoas em sofrimento mental e emocional. Contudo, seu uso deve sempre ser feito com prescrição e acompanhamento de profissionais de saúde mental, que possuem a expertise necessária para orientar sobre a dosagem, o período de uso e o desmame gradual. Esse acompanhamento especializado é essencial para mitigar possíveis efeitos colaterais e oferecer suporte ao indivíduo durante o processo de adaptação à medicação. Além disso, no ambiente de trabalho, o acolhimento por parte da liderança e dos colegas é fundamental. Estar disponível para ajudar, com empatia e descrição, pode fazer toda a diferença nessa fase. Os medicamentos não são uma solução imediata para questões de saúde mental. Eles podem levar semanas, ou até meses, para produzir resultados perceptíveis. Por isso, é importante ser paciente e manter o uso de acordo com a recomendação médica, mesmo que os efeitos não sejam instantâneos. O uso de medicamentos é uma ferramenta poderosa para promover a recuperação e o bem-estar emocional. Tratá-los com preconceito ou julgamento pode dificultar que pessoas em sofrimento busquem o apoio necessário. Ao reduzir os estigmas relacionados à medicação, contribuímos para que mais indivíduos tenham acesso ao tratamento adequado, melhorando significativamente a qualidade de vida. Como o ambiente de trabalho pode influenciar a saúde mental dos funcionários Cada indivíduo deve ser responsável pelo próprio bem-estar físico, mental e emocional, mas, no ambiente de trabalho, essa responsabilidade deve ser compartilhada com a empresa. Afinal, o colaborador passa a maior parte do dia na companhia e o ambiente pode influenciar para o bem ou para o mal. Ações que influenciam para o bem da saúde mental: Esses elementos, quando implementados de maneira eficaz, podem criar um ambiente de trabalho que não apenas apoia a saúde mental dos funcionários, mas também melhora a produtividade e a satisfação geral no trabalho. Ações que podem influenciar para o bem da saúde mental: Estratégias para promover a saúde mental no trabalho Em matéria do portal Mundo RH, Nikolas Heine, médico psiquiatra e Coordenador de Psiquiatria da Caliandra Saúde Mental, destaca mitos muito comuns em relação ao uso de antidepressivos: a crença de que tais medicações são fracas e inúteis; ou que são muito fortes, com potencial para causar dependência ou enlouquecimento. O especialista em saúde mental explica que, na verdade, tratam-se de medicamentos amplamente testados e extremamente seguros. Quando se trata de profissionais em sofrimento emocional, medicar não é o suficiente. É preciso um trabalho conjunto entre empresa, colaborador e uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras e psicólogos. Nesse contexto é fundamental desenvolver campanhas de conscientização sobre saúde mental que levem em conta as particularidades do ambiente de trabalho: : O bem-estar no trabalho tem se consolidado como uma excelente estratégia e ferramenta de atração e retenção dos melhores profissionais. Quando a saúde mental e emocional dos colaboradores é priorizada, a equipe tende a alcançar maior produtividade e qualidade nas entregas, impulsionando o negócio com resultados consistentes. A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato agora.
Quais são as moedas de troca quando se fala de bem-estar no trabalho?

O crescimento, a inovação e a sustentabilidade de uma organização são fatores diretamente influenciados pela qualidade da saúde mental de seus colaboradores e, consequentemente, seu bem-estar no trabalho. Profissionais que desfrutam de bem-estar emocional tendem a realizar suas atividades laborais com foco, colaboração e motivação. Dessa forma, a entrega para a empresa é mais do que o tempo do colaborador. Atualmente (e felizmente!), estamos mais conscientes das questões de bem-estar no trabalho e atentos à necessidade do constante cuidado com a saúde física e mental. Conforme um estudo da consultoria de recrutamento Michael Page, 56% dos brasileiros entrevistados afirmam “estarem dispostos a rejeitar uma promoção se acreditarem que as novas responsabilidades terão um efeito negativo em seu bem-estar”. Equílibrio entre vida pessoal e profissional Na mesma pesquisa, quando questionados sobre “quais fatores têm mais poder para influenciar a satisfação no trabalho”, 52% dos brasileiros destacam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Vale ressaltar que esse fator aparece à frente de salários competitivos (opção citada por 43% dos entrevistados) e progressão na carreira (33%). Anteriormente, uma escala de prioridade como essa não era considerada, tendo em vista que sentimentos e emoções não tinham espaço no ambiente corporativo. Não há mais dúvidas que o bem-estar emocional tem impacto significativo no dia a dia da empresa, nas relações corporativas e nos resultados do negócio. Um time emocionalmente saudável favorece um ambiente de trabalho positivo, produtivo e sustentável, o que eleva o valor da organização. Nós somos responsáveis Claro, cada um de nós deve ser responsável pelo cuidado com sua própria saúde mental. Mas, considerando o ambiente de trabalho, é dever da empresa compartilhar essa responsabilidade a partir de programas de promoção de saúde mental condizentes com sua cultura e seu negócio. A demanda é por uma jornada consistente e contínua de prevenção, diagnóstico e tratamento. Desde a atuação transversal de profissionais de saúde ocupacional junto às equipes, passando pela identificação e conexão de pessoas com sofrimento emocional aos serviços de saúde mental. Bem como até o letramento da liderança e das equipes para aumentar o conhecimento sobre o tema e diminuir as barreiras para os cuidados. As moedas de troca do bem-estar no trabalho equivalem, na verdade, a um investimento com retorno. A saúde mental dos colaboradores se traduz em produtividade, retenção de talentos e um ambiente de trabalho mais sustentável e positivo. De nada adiantam salários atraentes, bônus generosos ou promoções se a pressão e o estresse levarem o time à exaustão. Trocar o bem-estar por resultados imediatos funciona apenas por um curto prazo. Logo, a conta chega e os juros da exaustão podem ser altíssimos. Priorizar a saúde mental é investir em um futuro próspero e sustentável para a empresa, o colaborador e a sociedade. Fonte: RH Pra Você
“Quando as lideranças estão adoecidas, a equipe toda fica doente”

Dr. Arthur Guerra, psiquiatra e cofundador da Caliandra Saúde Mental, fala sobre burnout, excesso de conectividade, a importância do sono e como ter uma empresa saudável. As empresas, assim como as pessoas, também podem adoecer. E a liderança é responsável por criar um ambiente de bem-estar, observar mudanças de comportamento da equipe e oferecer ajuda profissional. É essa a visão do psiquiatra Arthur Guerra, professor da Faculdade de Medicina da USP, com ampla experiência clínica e de coordenação de políticas públicas. Ele também é autor, junto com o publicitário Nizan Guanaes, do livro Você aguenta ser feliz? em que os dois falam sobre a importância da atividade física para a saúde mental. Guerra era psiquiatra de Nizan e lhe receitou a corrida como remédio contra a depressão. Nizan gostou tanto que virou um entusiasta e divulgador do novo estilo de vida. Há quatro anos, Arthur Guerra fundou, com a também psiquiatra Camila Magalhães, a Caliandra Saúde Mental, para cuidar da saúde mental das empresas. Fazem isso por meio de atendimento emergencial em casos graves como suicídio, burnout ou desastres naturais, ou em projetos maiores, para preparar a liderança da empresa para se conscientizar do seu papel na busca de uma empresa mais saudável. “Começamos a cuidar da empresa como se fosse um paciente. Não só o executivo, o líder, o diretor, mas a empresa como um todo”, disse Arthur nesta entrevista à [EXP]. Muitas vezes, porém, tudo começa com os executivos. “Vemos que o sofrimento nuclear da empresa acaba sendo com a liderança, com os gerentes, supervisores. Quando essas pessoas estão adoecidas, a equipe toda fica doente”, afirma. Como fazer o caminho contrário, em direção a uma empresa mais saudável? Essa é uma das questões que ele responde nesta entrevista. Dr. Arthur, o senhor já tem muita experiência clínica, em projetos de saúde pública, como professor e há quatro anos fundou a Caliandra. Qual foi a lacuna que notou no mercado? Arthur Guerra – Uma parte importante dos pacientes que temos são executivos altamente adoecidos, estressados, angustiados, depressivos, que consomem álcool, drogas, não se cuidam. Os próprios executivos começaram a nos cutucar, pedindo palestras, e, quando fomos olhar o mercado, vimos que não havia nada desse tipo estruturado, com a nossa expertise, para fazer o diagnóstico e abordar de uma forma moderna e ágil problemas graves que encontrávamos na saúde mental das empresas. Nós começamos a cuidar da empresa como se fosse um paciente. Não só o executivo, o líder, o diretor, mas a empresa como um todo. E a partir daí começaram a aparecer empresas grandes, modernas. Está sendo uma experiência muito, muito bacana. Como vocês atuam? Qual é o papel da liderança nesse processo de saúde mental na empresa? O primeiro passo é ouvir a dor da empresa. Por que eles estão nos chamando? É alguma coisa um pouco mais prática? Nós trabalhamos com empresas que têm problemas emergenciais, como suicídio, ou que lidam com calamidades, problemas graves que precisam de uma atuação imediata, e conseguimos atuar com essa prontidão. O primeiro passo é fazer um diagnóstico. Muitas vezes vemos que o sofrimento nuclear da empresa acaba sendo com a liderança, os gerentes, os supervisores. Quando essas pessoas estão adoecidas, a equipe toda fica doente. Tem um ditado que eu gosto de falar: quando o maestro desafina, a orquestra toda desafina. E esse maestro pode estar nos diferentes níveis hierárquicos. Um gerente que cuida de 15 pessoas é superimportante, porque se ele não estiver bem, se estiver com depressão, ou ansioso, as 15 pessoas da equipe vão estar comprometidas também. O mesmo vale para líderes com equipes de 50, 100, 300 pessoas, ou presidentes de empresas com 30 mil pessoas. “Nós começamos a cuidar da empresa como se fosse um paciente. Não só o executivo, o líder, o diretor, mas a empresa como um todo.” É aquela frase do avião, né? Coloque a máscara em você antes de cuidar dos outros. Isso vale também para essa situação? Exatamente. Essa frase é perfeita. Tem um ditado que eu gosto de falar que é o seguinte: o exemplo não é a melhor forma de você ensinar alguma coisa para alguém. É a única. Então, se o exemplo não vier de você, líder, não vai vir de outros lugares. É você que está na liderança e que pode identificar e fazer o encaminhamento para o tratamento. O que a gente vê na prática é que muitos líderes estão sobrecarregados e não têm esse autocuidado. Pessoas que trabalham demais e glorificam isso. E exigem, com palavras ou pelo próprio exemplo, que toda a equipe faça o mesmo. Como cuidar num ambiente desses? De forma geral a empresa é composta por seus recursos humanos. O valor da empresa são as pessoas. E elas, de forma geral, não estão dissociadas do mundo onde vivemos. As lideranças, seja na área empresarial, artística, esportiva, ou cultural são muito frágeis. Elas acabam adoecidas não só pela empresa, mas também pelo mundo em que vivem, que está doente. São pessoas que já têm um transtorno, com ou sem a empresa. Algumas empresas são cruéis, apertam e sugam toda sua energia. Se você bater a meta, você é um cara legal. Se não, tchau. Custe o que custar. Por isso temos tantos casos de burnout, as pessoas não aguentam. O burnout é sempre ligado ao trabalho ou não só? Burnout é uma doença crônica, ligada ao ambiente de trabalho. Burnout é um quadro em que a pessoa manifesta depressão, cansaço, irritabilidade, falta de eficiência. Ela não tem mais energia pra nada, pensa na morte e pode até tentar se matar. Mas tudo ligado a um ambiente insalubre, onde a pessoa não consegue render bem. Quando as empresas procuram a Caliandra, quais são as principais queixas que elas trazem? Normalmente é algo que impacta toda a comunidade, como um suicídio, ou um burnout. Ou em caso de calamidades, como a que ocorreu em Recife, no começo do ano, depois em Petrópolis. As pessoas morrem e as empresas precisam lidar com aquilo. Muitas vezes os líderes
Saúde mental no trabalho: 3 práticas essenciais

A saúde mental no trabalho é um assunto cada vez mais importante e urgente. Isso, principalmente considerando que 30% dos brasileiros sofrem de burnout, de acordo com dados da International Stress Management Association (ISMA). Vale destacar que trata-se de uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas relacionados ao estresse crônico no contexto profissional. Em setembro de 2022, a OMS (Organização Mundial de Saúde) publicou material produzido em parceria com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), com diretrizes que alertam para medidas concretas e enfatizam a importância de desenvolver ações para promover segurança, saúde e bem-estar emocional, enfrentar rotinas insalubres, como sobrecargas de trabalho, e outros fatores que propiciam sofrimento emocional no ambiente corporativo. As organizações têm um papel fundamental nesse cenário. E é sobre isso que abordaremos neste artigo. Como a empresa pode promover o bem-estar do colaborador O Governo Federal destaca a importância do tema e, com o intuito de promover e incentivar as empresas, implementou o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, que visa orientar e chancelar as organizações que adotarem medidas eficazes para o bem-estar da equipe. A regulamentação será o próximo passo, mas, mesmo antes disso e da conquista do certificado, organizações de todos os portes e segmentos podem avançar e se adiantar em prol da saúde mental no trabalho, a partir de 3 passos essenciais: 1. Treinamentos de liderança Os gestores podem enfrentar inseguranças e dúvidas sobre como lidar com situações de sofrimento emocional de membros da equipe, o que é perfeitamente natural. Por isso, é indispensável que recebam treinamentos e orientações sobre o manejo na gestão de crises. Por ser uma responsabilidade compartilhada, é importante que colaborador, liderança, recursos humanos e especialistas trabalhem em conjunto. Vale ressaltar que líderes atentos à própria saúde mental estão aptos a lidar com o estresse, a pressão e os desafios do ambiente de trabalho de forma eficaz, o que contribui para um clima organizacional positivo e produtivo. Ao demonstrarem autocuidado e equilíbrio, os líderes atuam como exemplo para os colaboradores, incentivando a busca por um ambiente de trabalho saudável e o respeito aos limites individuais. 2. Investir em letramento sobre saúde mental A ausência de informações sobre saúde mental é um dos motivos que impacta o desenvolvimento de ações relacionadas ao tema no ambiente de trabalho e dificulta a busca por ajuda tanto por parte dos líderes quanto dos colaboradores em sofrimento. Dessa forma, investir em letramento em saúde mental no trabalho significa romper a barreira do estigma, aumentando o conhecimento e a conscientização de todos. 3. Trabalho em parceria Para que as ações sejam eficientes, é essencial que sejam planejadas em colaboração entre o RH e a liderança das empresas, levando em conta a cultura organizacional, a realidade das equipes e as melhores práticas existentes na promoção da saúde mental no trabalho. Além disso, é recomendável estabelecer parcerias com empresas especializadas em soluções de cuidados com a saúde mental. A Caliandra Saúde Mental é uma empresa especializada em soluções de cuidados com a saúde mental e treinamento de liderança. Nossos especialistas estão à disposição para apoiar o seu negócio nessa jornada, com o sigilo e a eficiência que o tema demanda. Entre em contato agora.
Brasil enfrenta desafios na saúde mental: urgência em ambientes de trabalho

Especialistas alertam para a necessidade de ações efetivas nas empresas para melhorar o bem-estar mental dos colaboradores O Brasil se posiciona alarmantemente como o quarto país com os piores índices de saúde mental globalmente, segundo o recente estudo “The Mental State of the World” da Sapien Labs. Este levantamento, que envolveu mais de 500 mil pessoas em 71 países, revelou uma pontuação preocupante de 53 em uma escala de até 110 para o Brasil. Especialistas apontam para a necessidade urgente de endereçar essa questão crítica, especialmente no ambiente de trabalho. Um relatório da Vidalink, uma empresa que oferece planos de bem-estar corporativo, destaca a importância de programas de bem-estar ajustados às necessidades individuais dos colaboradores. Seus dados revelam que 63,1% dos profissionais brasileiros relatam sentir ansiedade ou angústia na maior parte dos dias, com quase 30% admitindo não tomar nenhuma ação para melhorar sua saúde mental. Adicionalmente, o primeiro semestre de 2023 registrou um aumento de 37% no uso de antidepressivos em comparação com o mesmo período do ano anterior, indicando um crescimento tanto no diagnóstico quanto no suporte a tratamentos de saúde mental nas empresas. Especialistas como Luis González, CEO da Vidalink, Nikolas Heine, médico psiquiatra, e Patrícia Pousa, Doutora em Mundo do Trabalho e Saúde Mental, enfatizam a importância do cuidado com a saúde mental no contexto corporativo. Argumentam que não se pode dissociar produtividade de bem-estar e destacam que empresas que valorizam a saúde mental dos funcionários não apenas cultivam um ambiente de trabalho positivo, mas também promovem lealdade e diminuem a rotatividade de pessoal. Os impactos da saúde mental no trabalho incluem desde a prevenção de doenças ocupacionais, como o burnout, até a promoção de uma liderança acolhedora que apoia o bem-estar contínuo dos colaboradores. Reconhecer os sinais de problemas de saúde mental é essencial, incluindo mudanças de humor, perda de interesse em atividades prazerosas, problemas de concentração, ansiedade prolongada, entre outros. Para enfrentar esses desafios, os especialistas propõem uma série de práticas visando a melhoria da saúde mental, como a promoção de exercícios físicos, nutrição equilibrada, qualidade do sono, mindfulness e meditação, conexões sociais fortes, hobbies e atividades de lazer, desenvolvimento pessoal e, quando necessário, tratamento medicamentoso adequado. A inclusão dessas práticas no dia a dia dos colaboradores, juntamente com o apoio das empresas, pode levar a um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Esse compromisso com o bem-estar não apenas beneficia os funcionários individualmente, mas também oferece vantagens competitivas para as empresas, incluindo maior engajamento, produtividade e retenção de talentos, além de fortalecer a marca empregadora no mercado. O Brasil, enfrentando uma das piores crises de saúde mental, necessita de uma atuação conjunta entre empresas, profissionais de saúde e políticas públicas, visando criar ambientes de trabalho que não apenas reconheçam, mas também atuem proativamente na promoção da saúde mental dos colaboradores. Este esforço conjunto pode ser um marco significativo na mudança de paradigmas sobre o bem-estar no trabalho, sinalizando um futuro mais saudável e equilibrado para o mercado de trabalho brasileiro. Fonte: Mundo RH
Saúde do colaborador: a saúde mental é responsabilidade compartilhada

Saúde do colaborador: a saúde mental é responsabilidade compartilhada Uma das competências humanas é a habilidade em gerenciar os pensamentos para otimizar sua rotina diária, inclusive no ambiente de trabalho. Contudo, muitos enfrentam desafios para manejar suas emoções no cotidiano, o que pode levar a sintomas de ansiedade, estresse, tristeza, desânimo, entre outros. Essa dificuldade pode aumentar o risco de desenvolver problemas emocionais. Desde janeiro de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece e classifica o burnout como uma condição ocupacional, atribuindo sua principal causa ao estresse e sobrecarga no ambiente de trabalho. O aumento significativo de 38% em 2023 nos afastamentos decorrentes de transtornos mentais e emocionais reflete a urgência em promover e aprimorar os cuidados e intervenções eficazes com a saúde mental. O Brasil ocupa a segunda posição com maior prevalência em transtorno de ansiedade, segundo a OMS. Além disso, 72% das pessoas se declaram estressadas no trabalho, de acordo com dados de uma pesquisa da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil). Quando o assunto é saúde mental do colaborador, de quem é a responsabilidade? É sobre isso que vamos falar nesse artigo. A saúde mental do colaborador não é responsabilidade exclusiva da liderança A saúde mental é uma responsabilidade compartilhada no ambiente de trabalho. Isso significa que, embora cada indivíduo deva cuidar de seu próprio bem-estar emocional, é importante que o empregador proporcione um ambiente de escuta ativa, respeito e cuidado humanizado, permitindo que os profissionais desempenhem suas funções mesmo em momentos de instabilidade emocional. Frequentemente, no ambiente corporativo, o colaborador tende a conversar com seu líder direto sobre desconfortos mentais ou emocionais antes mesmo de buscar ajuda especializada de um psicólogo ou psiquiatra. No entanto, surge uma questão crucial: o que ocorre se esse gestor, equipe de RH e lideranças não estiverem preparados para lidar com essa conversa? Dificuldades em manejar tais situações podem ter impactos como: Comunicação inadequada: Falta de clareza e sensibilidade. Aumento do conflito: Intensificação das tensões. Perda de confiança: Funcionários desmotivados e desconfiados. Decisões impulsivas: Ações mal pensadas e prejudiciais. Impacto negativo na cultura: Ambiente de trabalho tóxico. Perda de talentos: Funcionários insatisfeitos deixando a empresa. Portanto, é fundamental que gestores, RH e lideranças recebam treinamento adequado em comunicação, resolução de conflitos e manejo de situações difíceis. Além disso, ter um plano bem estruturado e uma abordagem empática e profissional pode fazer toda a diferença. Nem sempre a baixa produtividade é sinônimo de incompetência É importante entender que a baixa produtividade nem sempre é sinônimo de incompetência. Muitos profissionais podem diminuir o ritmo de trabalho devido ao cansaço e ao sofrimento mental, o que pode resultar em baixo engajamento. Sem o reconhecimento e a devida intervenção, isso pode intensificar os problemas e afetar negativamente a qualidade do trabalho e até levar a demissões. 5 boas práticas em prol da saúde do colaborador no ambiente de trabalho O dia a dia no ambiente de trabalho é muito dinâmico, o que pode dificultar a erradicação de fatores que ocasionalmente impactam a saúde mental do colaborador. Mas, por meio de boas práticas, é possível contribuir para o bem-estar físico e mental dos profissionais. Dentre as principais iniciativas, destacamos cinco: 1. Entender a saúde mental do colaborador como prioridade Um colaborador com desconfortos físicos e/ou mentais dificilmente vai conseguir contribuir no trabalho com o seu melhor desempenho. É fundamental priorizar o bem-estar do capital humano; afinal, são as pessoas que tornam o negócio funcional e mais atrativo. 2. Prepare a liderança para acolher os profissionais É importante que os líderes se mantenham próximos dos membros da própria equipe, conheçam as particularidades de cada um e saibam identificar quando algo não vai bem com relação à saúde emocional dos colaboradores. Porém, não com a condição de tratar, mas sim de, com apoio, treinamento e orientação adequada, prontamente encaminhar a pessoa que está sofrendo para a ajuda especializada, se for necessário. 3. Incluir o tema em reuniões estratégicas A saúde mental do colaborador é um tema que, sem dúvida, precisa ser abordado nas reuniões estratégicas da liderança, nas ações da área de Recursos Humanos, na pesquisa de clima organizacional e, inclusive, nos exames médicos periódicos. Esta estratégia contribui para reduzir os estigmas em torno do tema de saúde mental. 4. Tenha atenção à carga de trabalho Muitas organizações passam por períodos desafiadores que as forçam a aumentar entregas, às vezes com recursos financeiros limitados e equipe reduzida. Se isso reflete a situação do seu negócio, vale avaliar se os colaboradores estão ocupando posições alinhadas aos seus perfis e qualificações, bem como se o trabalho está distribuído de maneira adequada e se as metas estipuladas são possíveis. 5. Considere contar com o apoio de um parceiro especializado em saúde mental Nessa jornada de promoção de saúde mental no ambiente corporativo, os profissionais de Recursos Humanos cuidam dos líderes e de toda a equipe, mas essa não é uma responsabilidade exclusiva deles. É preciso que haja um apoio profissional especializado em saúde mental. Afinal, em qualquer esfera da vida, quem cuida também precisa de cuidados. E saúde mental não deve ser uma responsabilidade exclusiva do RH. Como observamos no decorrer da leitura, a saúde mental do colaborador no ambiente de trabalho é uma responsabilidade, um dever e um direito de todos, independentemente do nível hierárquico. É uma ação desafiadora que demanda bom senso, empatia, informação, detecção precoce, prontidão no atendimento e habilidade para gerir possíveis crises relacionadas a diversas situações. Quando uma empresa adota iniciativas em prol da saúde mental da equipe, há resultados muito positivos. Dentre eles, sustentabilidade emocional e consequentemente financeira, ESG, melhoria dos quadros de transtornos mentais, além de conhecer e aplicar ferramentas apropriadas para o cuidado humanizado. A Caliandra está à disposição para ser sua parceira nesta jornada e implementar as melhores práticas relacionadas ao tema. Com nosso apoio, orientação e letramento, você poderá navegar por este desafio com confiança e eficácia. Entre em contato agora.